Acusado de atentado contra Cristina Kirchner na Argentina, Fernando Andrés não é Bolsonarista

Deputados, jornalistas e influenciadores ligados a esquerda e que apoiam Lula (PT) espalham fake news que tenta ligar suspeito de atentado de Cristina Kirchner ao presidente Bolsonaro
02.set.2022 às 16h50
Acusado de atentado contra Cristina Kirchner na Argentina, Fernando Andrés não é Bolsonarista

Nesta quinta-feira (1º set) a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi vítima de um atentado em Buenos Aires, Capital da Argentina, um homem tentou disparar contra ela, mas a arma falhou.

A polícia rapidamente fez a prisão do acusado e revelou se tratar de Fernando Andrés Sabag Montiel de 35 anos, segundo informações divulgadas pela imprensa argentina, ele nasceu no Brasil e se mudou para argentina quando tinha apenas 6 anos, Fernando é filho de um chileno e uma argentina, trabalha como motorista de aplicativo e vive no país vizinho desde 1993, mora em um 'bairro peronista' que grande parte da população apoia o atual presidente e a vice Cristina, segundo a polícia Fernando já tinha antecedentes criminais por porte de "arma ilegal".


Assim que saiu a afirmação que se tratava de um brasileiro, vários perfis de esquerda começaram a espalhar Fake News afirmando que o acusado se tratava de um Bolsonarista, apesar de não terem provas, as postagens se basearam em um perfil de outro argentino de nome similar que apenas havia retuitado o atentado sofrido por Jair Bolsonaro em que um homem tentou jogar uma pedra no presidente nesta quarta-feira (31) durante motociata em Curitiba, o argentino em questão inclusive afirmou no twitter que estavam usando o nome dele para criar uma fake news no Brasil.



"Alguém Retuitou alguma coisa que eu coloquei sobre Bolsonaro e agora eles dizem que eu fui o autor do atentado. "Que mundo lindo"  (aparentemente ele é brasileiro e o nome dele é Fernando)" disse o dono perfil que fui confundido com o autor antes de apagar sua conta, outro fato que afirma isso é que se fosse o autor ele não poderia estar usando o twitter já que foi preso pela polícia argentina.

A Deputada Federal do PSOL, Talíria Petrone foi uma das primeiras a criar a Fake News que afirmava que o acusado de cometer o atentado era BOLSONARISTA, em postagem no seu twitter ela afirmou: "BOLSONARISTA! Fernando Andres Sabag Montiel, brasileiro que atirou contra a cabeça da vice-presidenta argentina, é apoiador de Bolsonaro e tuitou horas antes elogiando o genocida. É preciso derrotar de vez essa política de morte!" após receber inúmeras mensagens até de pessoas ligadas a esquerda afirmando se tratar de uma mentira, a deputada apagou a postagem, e voltou a postar sobre o caso afirmando que o atentado foi motivado pelo fascismo, o mesmo fez Lula, Dilma e tantos outros que de alguma forma tentam ligar indiretamente o acusado ao presidente Jair Bolsonaro.




OBS: Mesmo após deletar a prova da postagem original da deputada do PSOL foi salva aqui

Outra narrativa plantada por jornalistas de esquerda afirmava que: "Ataques à Cristina Kirchner tem crescido exponencialmente nos últimos dias em contas de Telegram bolsonaristas", porém a narrativa também é falsa, as menções a vice-presidente se devem ao fato que o Ministério Público da Argentina pediu uma pena de 12 anos de prisão para Cristina Kirchner, ex-presidente e atual vice-presidente do país, por corrupção ligada à contratação de obras públicas, o que acabou causando caos entre os apoiadores do atual governo de Alberto Fernández e os seus opositores. 

Um fato curioso é que até o momento nenhum "Checador" desmentiu a Fake News da esquerda, outro fato relevante pouco difundido pela mídia foi que durante entrevista recente, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, provocou uma nova crise política ao criticar a ação que condenou a sua vice-presidente e afirmou "Espero que promotor que denunciou Cristina Kirchner não se mate", Fernández fez na afirmação um paralelo entre o procurador que denunciou a sua vice Cristina Kirchner e outro membro do Ministério Público Federal do país: Alberto Nisman, encontrado morto em 2015 com um tiro na cabeça, horas antes de apresentar uma denúncia contra a então presidente Cristina Kirchner, no Congresso, O caso ainda está em investigação.


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