A Prefeitura de Dias d'Ávila optou por celebrar o São Pedro em vez do São João, visando atrair mais público e contratar artistas renomados a preços mais acessíveis, evitando a concorrência com cidades vizinhas. Contudo, a estratégia não resultou em economia para os cofres públicos. Os gastos com a festa, realizada entre 26 e 29 de junho, alcançam R$ 6,673 milhões, incluindo cachês de 11 atrações musicais e infraestrutura.
Os contratos para shows totalizam R$ 2,85 milhões, com destaque para Lauana Prado (R$ 550 mil), Mari Fernandez (R$ 480 mil), Solange Almeida (R$ 350 mil), Kátia Cilene (R$ 160 mil) e Dan Ventura (R$ 140 mil). No entanto, a prefeitura informou ao Painel de Transparência dos Festejos Juninos, iniciativa do Ministério Público da Bahia (MP-BA) desde 2023, apenas R$ 1,72 milhão em cachês, omitindo R$ 1,13 milhão, incluindo os contratos de Mari Fernandez, Solange Almeida, Dan Ventura e Kátia Cilene. Todos os valores são custeados com recursos municipais.
No ranking do painel, Dias d'Ávila aparece na 81ª posição entre os municípios com maiores gastos em cachês. Ao considerar os valores não declarados, o município sobe para o 27º lugar. Além dos shows, a infraestrutura da festa consome R$ 3,823 milhões, sendo R$ 2,978 milhões para palcos, camarins, camarotes, toldos e elevados da Polícia Militar, R$ 455 mil para barracas de comida e bebida, e R$ 390 mil para bandeirolas decorativas. Custos com sanitários químicos e vigilância não foram incluídos no cálculo.
A falta de transparência nos dados fornecidos ao MP-BA levanta questionamentos sobre a gestão dos recursos públicos, especialmente em um município que prioriza festejos em detrimento de outras demandas.
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