A jornalista Moema Bartira, apresentadora do quadro "A Hora da Venenosa" no Balanço Geral da Record Bahia, relatou em seus Stories no Instagram, na segunda-feira (27), um assalto sofrido na porta de seu condomínio no bairro de Ondina, em Salvador. Um adolescente em bicicleta arrancou o celular de sua mão, mas a repórter reagiu imediatamente, perseguindo o suspeito e gritando por ajuda, o que resultou em um machucado sangrento no joelho.
Tudo começou logo após o treino noturno de Moema. Ela havia acabado de descer do carro e, ao atravessar a rua em frente ao prédio – área que considera segura –, pegou o aparelho para checar algo. "Fiz meu treino, como de costume. Estava na porta da minha casa, era só atravessar a rua, um local que acho extremamente seguro. Tirei o celular e fui atravessar. Nessa hora, esse menor que estava em uma bicicleta aproveitou da situação e bafou o celular da minha mão. Só que eu estava ligada e eu puxei ele. Nisso ele largou a bicicleta lá e saiu correndo. Eu comecei a gritar desesperadamente, comecei a correr atrás dele", narrou.
Apesar de reconhecer o risco, a jornalista explicou o instinto que a dominou. "Início da noite, eu fui assaltada e reagi. Esse é um dos meus joelhos. Ah, você não devia ter reagido. Eu sei disso, trabalho com isso, vejo isso todo dia. Mas, quando um ato de violência acontece com a gente, o nosso cérebro primitivo funciona de três formas - ou a gente foge, ou a gente fica paralisado ou a gente para cima. Eu fui para cima", disse, exibindo a ferida.
Moema parou um carro na rua e pediu à motorista que a ajudasse a perseguir o ladrão. "Comecei a correr atrás dele. Parei um carro, eu falei: 'moça, por favor, eu quero ir atrás daquele cara'. A mulher tentando me acalmar e indo bem devagar. Louca, né?", recordou. Ela enfatizou a sorte de o assaltante não portar arma. "Livramento. A gente sabe que as pessoas são mortas por muito menos. Graças a Deus que ele não estava armado. E eu poderia nem estar aqui, porque a minha reação realmente ir para cima dele. Ele saiu correndo, eu comecei a gritar desesperadamente: 'ladrão, ladrão, ladrão, ladrão, ladrão'. (...) Estou bem. Meu joelho tá difícil de dobrar, mas eu queria compartilhar esse livramento, porque eu podia nem estar mais aqui".
A repórter acionou uma viatura da Polícia Militar que passava pelo local. "Vi uma viatura e falei que tinha acabado de ser assaltada, como o cara estava vestido, para qual direção foi. O policial me disse que eu não podia entrar na viatura - porque eu já fui entrando para poder ir com ele. A guarnição subiu, foi atrás dele (...) Depois a viatura desceu, disse que encontrou um menor, que apertou ele, que não podia fazer nada porque ele é menor. Que o menor de fato conhecia o outro, mas que não podia fazer nada", contou.
O desfecho positivo veio graças à ação rápida de vizinhos e de um motoboy. Ao retornar ao condomínio, o porteiro a informou que o celular havia sido recuperado. "Chego em casa, o porteiro, bem alegre, me disse: 'seu celular tá na mão de tal pessoa em tal andar'. Eu fiquei sem entender. Fui na casa da pessoa, toquei a campainha e eles me disseram: 'seu celular está aqui'. Meus vizinhos estavam na varanda no exato momento do assalto, viram tudo. Na hora estava passando um motoboy, que foi atrás do ladrão. Meus vizinhos foram atrás do motoboy, se identificaram e pegaram o celular", finalizou Moema, que não registrou boletim de ocorrência formal, mas celebrou o apoio comunitário que evitou perda maior.
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