Capriole alerta para risco quântico no Bitcoin

A ameaça quântica paira sobre o Bitcoin, e Charles Edwards, fundador do fundo Capriole, emite um alerta grave: sem medidas de proteção até 2028, a principal criptomoeda pode enfrentar um colapso. A previsão ganha peso em meio à volatilidade recente do mercado, que viu o Bitcoin despencar para 86.700 dólares no dia 15 de dezembro, seu menor valor em duas semanas, desencadeando liquidações de mais de 210 milhões de dólares em apenas uma hora.

Edwards, especialista em ativos digitais, argumenta que a computação quântica representa uma ameaça real, capaz de comprometer os algoritmos de criptografia que protegem as chaves privadas dos usuários. Sem uma solução, o preço do Bitcoin poderia cair drasticamente abaixo de 50.000 dólares, agravando uma crise que ele compara ao colapso da FTX, mas em escala muito maior. Ele defende que uma correção deve ser implementada já em 2026 para evitar o pior cenário.

O fundador da Capriole acredita que o Bitcoin será mais vulnerável do que os sistemas bancários tradicionais, pois instituições financeiras já adotam protocolos de criptografia pós-quântica e possuem mecanismos para bloquear transações fraudulentas, algo inexistente no universo das criptomoedas. "Bitcoin será o primeiro a enfrentar a ameaça quântica", afirma Edwards, alertando para um possível pânico generalizado entre investidores.

Enquanto isso, propostas temporárias surgem, como a sugestão de Willy Woo de manter ativos em carteiras SegWit por cerca de sete anos, aguardando uma proteção definitiva. No entanto, nem todos compartilham o tom alarmista. Michael Saylor, defensor do Bitcoin, minimizou a ameaça em julho, considerando-a uma estratégia de marketing para inflar tokens "quânticos".

A volatilidade atual do mercado e os avisos de Edwards destacam um desafio técnico crucial para o ecossistema cripto. Os próximos anos serão decisivos para determinar se o Bitcoin conseguirá se adaptar e preservar a confiança dos investidores, evitando um colapso histórico.