Planet Internet rejeita alegações de cobranças por facção após execução de três funcionários

Empresa contesta versão de extorsão, enquanto investigações apontam para possível ligação com taxas impostas pelo Comando Vermelho
Por: Brado Jornal 18.dez.2025 às 10h16
Planet Internet rejeita alegações de cobranças por facção após execução de três funcionários
Foto: Reprodução/Redes sociais
Três técnicos da Planet Internet foram torturados e mortos na noite de 16 de dezembro no bairro Alto do Cabrito, no Subúrbio Ferroviário de Salvador. As vítimas foram identificadas como Ricardo Antônio da Silva Souza (44 anos), Jackson Santos Macedo (41 anos) e Patrick Vinícius dos Santos Horta (28 anos).

A empresa emitiu nota oficial nas redes sociais negando qualquer contato prévio com criminosos. “A Planet Internet encontra-se consternada com o ocorrido e vem prestando todo o apoio necessário às famílias dos funcionários. Destaca, ainda, que em momento algum a empresa foi contactada, por quem quer que seja, muito menos recebeu qualquer pedido de resgate ou de pagamento para acesso de suas equipes à localidade”, diz o comunicado.

A Planet Internet afirmou ainda que continua cooperando plenamente com as autoridades nas apurações conduzidas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Apesar da negativa da empresa, fontes policiais indicam que a principal hipótese investigativa envolve a recusa no pagamento de taxas exigidas por membros do Comando Vermelho (CV), facção que atua na região. Um representante anônimo de outra empresa do setor de telecomunicações revelou que o grupo criminoso adotou em Salvador e na Região Metropolitana um modelo similar ao praticado no Rio de Janeiro, cobrando valores sobre serviços prestados.

De acordo com essa fonte, a facção exige R$ 15 por cliente atendido mensalmente, além de 40% do lucro anual das companhias que operam em territórios sob seu controle.

O crime gerou repercussão imediata: trabalhadores do setor protestaram em frente à Secretaria da Segurança Pública da Bahia, exigindo mais proteção, e o policiamento foi intensificado em áreas como Alto do Cabrito, Marechal Rondon e localidades vizinhas. O governador Jerônimo Rodrigues classificou o caso como "inaceitável" e cobrou rigor nas investigações, enquanto o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, priorizou a captura dos responsáveis.


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