O Banco Central (BC) rejeitou, em 3 de setembro de 2025, a proposta do Banco de Brasília (BRB) para adquirir 49% das ações ordinárias e 100% das ações preferenciais do Banco Master. A operação, anunciada em 28 de março, visava criar um conglomerado financeiro com cerca de R$ 100 bilhões em ativos, mas foi barrada pela diretoria colegiada do BC. O BRB informou que solicitou acesso à íntegra da decisão para “avaliar seus fundamentos e examinar as alternativas cabíveis”.
A transação, avaliada em cerca de R$ 2 bilhões, previa que o BRB assumisse o controle efetivo do Banco Master, mesmo sem deter a maioria acionária, enquanto os atuais controladores do Master perderiam influência na gestão e poderes políticos. O plano de negócios estimava um lucro adicional de R$ 1,5 bilhão para o BRB ao longo de cinco anos, com projeção de resultado líquido de R$ 2,7 bilhões em 2029. O preço acordado equivalia a 75% do patrimônio líquido consolidado do Banco Master.
O BRB destacou que a aquisição representava uma “oportunidade estratégica com potencial de geração de valor” para a instituição, seus clientes e o Sistema Financeiro Nacional. Contudo, a decisão do BC interrompeu o processo, que já havia sido aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em junho. O banco público informou que manterá acionistas e o mercado atualizados sobre próximos passos.
A negativa ocorre em meio a debates no Congresso sobre mudanças na lei de autonomia do Banco Central, sancionada em 2021. Um projeto em tramitação na Câmara, sem relator definido, propõe permitir a demissão de diretores e do presidente do BC por “condução incompatível com os interesses nacionais”, além das causas já previstas, como pedido próprio, doença incapacitante, condenação por improbidade ou desempenho insuficiente.
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