Tebet diz que polarização está ‘matando o Brasil’ e critica alta da inflação: ‘Cruel para trabalhadores’

Senadora acredita que disputa entre Lula e Bolsonaro impedem debate sobre os ‘problemas reais’ do Brasil, mas fala em chances de avança da sua candidatura: ‘Se chegar ao segundo turno, vencemos’
Por: Brado Jornal 26.ago.2022 às 13h29
Tebet diz que polarização está ‘matando o Brasil’ e critica alta da inflação: ‘Cruel para trabalhadores’
Foto: Reprodução/Instagram

A senadora Simone Tebet participa de sabatina no Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta sexta-feira, 26. Candidata à presidência da República pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), ela falou sobre temas como agronegócio e meio ambiente, defesa das mulheres no mercado de trabalho, Orçamento Secreto, corrupção e inflação. Em suas primeiras falas, ela foi questionada sobre o que estaria impedindo a sua candidatura de decolar nas pesquisas de intenção de voto, onde aparece na quarta colocação, oscilando entre 2% e 4%. Neste contexto, a parlamentar comparou a corrida eleitoral com uma “maratona de obstáculos”, enumerando outros nomes da política que acabaram ficando pelo caminho, como o ex-governador João Doria (PSDB) e o ex-ministro Sergio Moro, e reforçou que ninguém acreditava que ela seria uma concorrente ao Palácio do Planalto. Com longa história na política, a senadora disse acreditar em avanço da candidatura e foi direta: “Se chegar ao segundo turno, vencemos as eleições”. “Entre o voto do medo, do menos pior, e o voto por alguém que olha para a frente, que fala em esperança, que vai apresentar propostas de futuro, eu tenho certeza que o eleitor vai repensar seu voto”, afirmou. 

Na visão de Tebet, um dos motivos que estaria impedindo o avanço da sua candidatura é justamente a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), que figuram nas primeiras opções de votos dos eleitores. Para a senadora, essa disputa de extremos está “matando o Brasil” e impedindo o debate de ideias entre os candidatos e os eleitores. “Nós não falamos dos problemas reais, de colocar a criança na escola, de zerar a fila de cirurgia (…) É desse Brasil que a gente precisa falar enquanto eles ficam nessa polarização ideológica sem apresentar projetos para o Brasil, discutindo para permanecer no poder ou para ir para o segundo turno e não dar opção para o eleitor decidir”, afirmou, criticando também o anseio de ambas campanhas de ganhar as eleições em turno único, no próximo 2 de outubro. “Não é possível ficarmos nessa polarização, não darmos o mínimo de alternativas para o eleitor saber em quem quer votar. A eleição não é de um turno só, não se encerra em um turno só e não pode. Os candidatos têm que vir e dizer o que vão fazer pelo Brasil”, acrescentou. 

Entre os outros temas também abordados na sabatina, Simone Tebet falou sobre o Orçamento Secreto, como são popularmente chamadas as emendas de relator, considerado por ela um dos maiores casos de corrupção do planeta e que reflete nas ações governamentais e prejudica a população. “Passaram trinta anos e hoje a gente vê os indicadores sociais voltando para o passado. Os indicadores sociais do mapa da fome, da miséria, da desigualdade, da inflação, as minhas filhas nasceram e hoje eu tive que explicar o que era inflação, porque elas não sabiam, né? A inflação é o imposto mais cruel para o trabalhador. Ele trabalha doze horas para pagar os seus impostos e tem que deixar mais da metade da sua renda mensal no mercado para comer porque a inflação hoje chega na cesta básica há mais de dois dígitos”, reforçou a parlamentar. Se eleita, a candidata do MDB garante que órgãos de controle e fiscalização estarão dentro do governo para fazer um “pente fino”. “Porque a corrupção mata, tira dinheiro daquilo que o povo precisa para viver e sobreviver. (…) Esse tipo de Brasil está errado. É contra isso que eu me indigno e me revolto”, finalizou. A sabatina de Simone Tebet no Jornal da Manhã deu continuidade a série de entrevistas com concorrentes ao Palácio do Planalto, que teve início com a entrevista de Ciro Gomes (PDT).



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