Oruam rompe o silêncio por meio de carta aberta e aborda prisão e acusações: 'Aceito meu castigo'

Rapper refuta denúncias de homicídio qualificado, tráfico e outros crimes em texto divulgado nesta quarta
Por: Evelyn Santos 10.set.2025 às 09h42
Oruam rompe o silêncio por meio de carta aberta e aborda prisão e acusações: 'Aceito meu castigo'
Foto: Reprodução
Em uma carta aberta divulgada nesta quarta-feira (10 de setembro de 2025), o rapper Oruam, cujo nome real é Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, falou pela primeira vez desde sua prisão em flagrante no último domingo (8 de setembro). Acusado de tentativa de homicídio triplamente qualificada, tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência qualificada, lesão corporal, desacato, corrupção ativa e direção perigosa com habilitação suspensa, o artista de 26 anos expressou aceitação de sua situação atual, mas negou veementemente as imputações mais graves.

A prisão ocorreu durante uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, na Zona Oeste da capital fluminense, após um confronto em que Oruam supostamente atirou contra policiais, resultando em ferimentos em um agente. De acordo com o boletim de ocorrência, o veículo do cantor, um Porsche de luxo, foi usado na fuga e apresentava irregularidades, incluindo pneus carecas e direção sem habilitação válida. Além disso, foram encontrados no carro itens como munições, um carregador de fuzil e drogas, o que levou às acusações de tráfico e associação criminosa.

Na carta, lida por seu advogado durante audiência de custódia na manhã de terça-feira (9 de setembro), Oruam mantém tom reflexivo e espiritual. Ele afirma: 'Aceito meu castigo', referindo-se à detenção preventiva decretada pela Justiça, que o manterá preso por pelo menos 30 dias enquanto a investigação prossegue. O rapper, conhecido por hits como "Oh Garota, Eu Quero Você Só Pra Mim" e com mais de 5 milhões de ouvintes mensais no Spotify, atribui parte de seus problemas a um estilo de vida acelerado e promete mudança. 'Eu errei, mas não sou o monstro que pintam. Peço perdão à minha família e aos fãs', escreveu, sem entrar em detalhes específicos sobre os incidentes.

As acusações foram formalizadas pela promotoria após depoimentos de testemunhas e perícias balísticas, que ligam a arma apreendida ao tiroteio. A tentativa de homicídio triplamente qualificada – por emprego de arma de fogo, contra funcionário público e em contexto de crime hediondo – pode render pena de até 30 anos de reclusão. As demais imputações, como corrupção ativa (por suposta oferta de propina a policiais) e lesão corporal, agravam o quadro, com penas cumulativas que superam facilmente duas décadas.

Oruam, que ganhou notoriedade no funk carioca e assinou contrato com a gravadora Sony Music em 2023, já havia sido detido anteriormente por porte ilegal de arma em 2022, mas foi solto após pagar fiança. Seus representantes afirmam que o artista coopera com as autoridades e que provas de inocência serão apresentadas em breve. A defesa recorreu da prisão preventiva, argumentando falta de risco à ordem pública, mas o juiz negou o pedido inicial, citando a gravidade dos fatos e o histórico do réu. O caso segue sob sigilo parcial, com audiência marcada para a próxima semana.




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