Caso Sara Mariano: Criminosos receberam entre R$ 200 e R$ 900

Promessa do mandante era de até mais R$ 15 mil
Por: Brado Jornal 17.nov.2023 às 14h05
Caso Sara Mariano: Criminosos receberam entre R$ 200 e R$ 900

Os envolvidos na morte da cantora gospel Sara Mariano admitiram ter rateado R$ 2 mil reais do marido dela, Ederlan Santos Mariano, para executar o crime. Ederlan foi o primeiro suspeito a ser preso, em 28 de outubro.

Weslen Pablo Correia de Jesus, conhecido como Bispo Zadoque, o motorista por aplicativo Gideão Duarte e Victor Gabriel de Oliveira admitiram o recebimento dos valores em acareação realizada na quinta-feira (16), na delegacia de Dias D'Ávila, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), responsável pelas investigações do caso.

O procedimento de acareação consiste na apuração dos fatos, confrontando investigados ou testemunhas frente a frente. Além dos três envolvidos diretamente na execução de Sara Mariano, um quarto homem identificado como "cantor Davi Oliveira" aparece na divisão do dinheiro.

Segundo os suspeitos, ele recebeu R$ 200 como "cortesia", porque sabia do plano para matar Sara Mariana, mas não participou de nenhuma fase do crime.

R$ 2 mil: Valor pago por Ederlan Santos Mariano pela morte de sua esposa Sara Mariano.

R$ 900: Valor recebido por Weslen Pablo Correia de Jesus, conhecido como Bispo Zadoque, executor da vítima e responsável pela ocultação do cadáver.

R$ 500: Valor recebido por Victor Gabriel de Oliveira, que segurou Sara para que Weslen Pablo, o Bispo Zadoque, a matasse. Também participou da ocultação do cadáver.

R$ 400: Valor recebido por Gideão Duarte pelo transporte de Sara para encontro dos executores, e dos mesmos para a casa de Ederlan após o crime. Ele ainda retornaria ao local com os executores para a queima do corpo de Sara.

R$ 200: Valor recebido pelo homem identificado como 'cantor Davi Oliveira'. Segundo os demais acusados, ele sabia do plano para matar Sara Mariana, mas não participou de nenhuma fase do crime. A polícia ainda não divulgou se esse homem já teria prestado depoimento e se será indiciado.


A acareação ainda detalhou o passo a passo do crime. Veja o que disseram cada um dos envolvidos na execução de Sara Mariano:

Weslen Pablo Correia de Jesus, o Bispo Zadoque - executor do crime - está preso

  • Ao lado de Victor Gabriel de Oliveira e Gideão Duarte, participou do planejamento, da execução e da ocultação do cadáver de Sara Mariano.
  • Disse ter usado gasolina para incendiar o corpo da cantora.
  • Detalhou a divisão do dinheiro entregue por Ederlan para o crime.
  • Disse que Ederlan prometeu novos pagamentos quando o dinheiro que Sara teria guardado em casa fosse localizado. Os valores estariam entre R$ 10 mil e R$ 15 mil.


Victor Gabriel de Oliveira - ajudou na execução - está solto

  • Pediu desculpas por ter mentido no primeiro depoimento e admitiu participação no crime.
  • Disse que o crime foi planejado em setembro, um mês antes da execução.
  • Afirmou que Gideão simulou uma pane no veículo para entregar Sara aos executores.
  • Segurou Sara para que Weslen (Bispo Zadoque) a esfaqueasse.
  • Afirmou que após o crime seguiu com os demais suspeitos para a casa de Ederlan, onde entregaram o celular de Sara para o mandante.
  • Disse que acompanhou Weslen, e levados por Gideão, retornaram ao local do crime no dia seguinte para ocultar o cadáver, após Ederlan mostrar preocupação com a repercussão do desaparecimento da cantora gospel.


Gideão Duarte - motorista que conduziu Sara e os executores para o crime

  • Disse ter tomado conhecimento do plano apenas no dia do crime.
  • Foi chamado por Weslen, o Bispo Zadoque, e recebeu R$ 400.
  • Deixou Victor e Weslen no local combinado e em seguida fez o mesmo com Sara.
  • Para parar no local com a cantora gospel, simulou que o carro passava por um pane.
  • Disse ter ficado no carro enquanto Weslen e Victor mataram Sara.
  • Levou os executores de volta para a cada de Ederlan, onde eles entregaram o celular da vítima.
  • Em seguida, levou os dois para Rodoviária e pegaram o cantor Davi Oliveira.
  • O destino do grupo era Camaçari, mas no trajeto, Weslen pediu para voltar ao local do crime.
  • Após o desvio, o trio foi deixado no condomínio Algarobas, em Camaçari, e seguiu para casa, onde foi devolver o carro que dirigia, e que era emprestado.
  • Afirmou ainda que no dia seguinte ao crime, pela noite, retornou com Weslen e Victor ao local para retirar o corpo, ou caso não fosse possível, atear fogo, o que foi feito.


📲 Baixe agora o aplicativo oficial da BRADO
e receba os principais destaques do dia em primeira mão
O que estão dizendo

Deixe sua opinião!

Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.

Sem comentários

Seja o primeiro a comentar nesta matéria!

Carregar mais
Carregando...

Carregando...

Veja Também
Absolvição no caso do incêndio no CT do Flamengo
Decisão judicial arquiva denúncias contra administradores e responsáveis por instalações
Operação Push: Buscas em franquias de pelúcias expõem lavagem de dinheiro ligada ao PCC
Desarticulando rede de comércios infantis usados para branqueamento de recursos ilícitos em shoppings da região metropolitana
Influenciador de Pokémon é detido por acusações de exploração sexual de menor
Delegacia do Rio de Janeiro conduz operação contra crimes cibernéticos envolvendo vulneráveis
Prefeitos aliados pressionam governo Jerônimo Rodrigues por avanço em projetos anunciados no interior
Parlamentares governistas relatam atrasos em intervenções de infraestrutura e saúde, com receios sobre reflexos eleitorais
Carregando..