Vereadores são presos suspeitos de favorecer PCC

Contratos somam R$ 200 milhões
Por: Brado Jornal 16.abr.2024 às 10h20
Vereadores são presos suspeitos de favorecer PCC
Câmara Municipal de São Paulo/Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O Ministério Público de São Paulo iniciou, na manhã desta terça-feira (16), uma nova operação para desarticular um grupo criminoso associado ao PCC suspeito de fraudar licitações em todo o estado.

Até por volta de 9h30, três vereadores e mais 11 pessoas tinham sido presos. Um dos alvos ainda não foi preso.


Veja os vereadores presos:

  • Ricardo Queixão (PSD), de Cubatão
  • Flavio Batista de Souza (Podemos), de Ferraz de Vasconcelos
  • Luiz Carlos Alves Dias (MDB), de Santa Isabel


A ação mira uma quadrilha ligada à facção criminosa. Segundo os investigadores, o grupo tinha várias empresas e atuava forjando concorrência para vencer licitações e firmar contratos com diferentes prefeituras para contratação de mão de obra terceirizada.

Vereador e advogado de André do Rap são presos no litoral de SP em operação contra grupo ligado ao PCC suspeito de fraudar licitações

A atuação deles no sistema tinha apoio e participação de agentes públicos, dentre eles, vereadores.

O MP não informou os serviços que eram prestados pela mão de obra terceirizada e em quais setores, mas afirma que os contratos somam mais de R$ 200 milhões nos últimos anos.

Foram expedidos mandados de busca e apreensão em 42 endereços, e outros 15 de prisão temporária, todos expedidos pela 5ª Vara Criminal de Guarulhos. As ordens judiciais incluem prisão cautelar de agentes públicos, três deles vereadores de cidades do Alto Tietê e litoral.

A operação é feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público de São Paulo, e a Polícia Militar.

Até por volta de 8h, 14 pessoas haviam sido presas. Entre eles, três vereadores de Santa Isabel, Cubatão e Ferraz de Vasconcelos. Um mandado de prisão ainda falta ser cumprido. Todos os 42 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. O material apreendido foi levado à sede do MP na capital.

Guarulhos, São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Cubatão, Arujá, Santa Isabel, Poá, Jaguariúna, Guarujá, Sorocaba, Buri, Itatiba e outros municípios têm contratos sob análise.

Segundo os promotores, havia simulação de concorrência com empresas parceiras ou de um mesmo grupo econômico. Também há evidências de corrupção de agentes públicos e políticos (secretários, procuradores, presidentes de Câmara de Vereadores, pregoeiros etc.) e diversos outros crimes – como fraudes documentais e lavagem de dinheiro.



📲 Baixe agora o aplicativo oficial da BRADO
e receba os principais destaques do dia em primeira mão
O que estão dizendo

Deixe sua opinião!

Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.

Sem comentários

Seja o primeiro a comentar nesta matéria!

Carregar mais
Carregando...

Carregando...

Veja Também
Mauro Cardim detalha estratégias políticas, critica Jerônimo Rodrigues e reforça Missão em entrevista à Brado Rádio
Cardim colocou a educação no centro de sua plataforma, prometendo uma “revolução” no sistema educacional baiano
Hugo Motta intensifica embates com governo Lula e STF após pressão de deputados
Outro ponto de tensão é a demora na liberação das emendas parlamentares, essenciais para que deputados destinem recursos às suas bases eleitorais
Alexandre de Moraes suspende prisão de Gilson Machado e impõe medidas cautelares
A operação apura a suposta tentativa de obtenção de um passaporte português para Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
Autoridades italianas localizam Carla Zambelli, mas prisão depende de trâmites judiciais
Zambelli está foragida desde o início de junho, quando o ministro Alexandre Bastos Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STJ), determinou sua prisão
Governo Lula avalia possibilidade de prisão domiciliar para Bolsonaro em caso de condenação
O caso do ex-deputado Nelson Meurer, condenado na Lava Jato e falecido em 2020 após ter pedidos de prisão domiciliar negados, é lembrado como um episódio delicado para o STF
Carregando..