Ônibus deixam de circular no bairro de Tancredo Neves mais uma vez

Ontem (19), a população começou o dia com alterações no itinerário dos coletivos, que não estavam conduzindo passageiros até o final de linha.
Por: Brado Jornal 20.ago.2024 às 07h43
Ônibus deixam de circular no bairro de Tancredo Neves mais uma vez

Quando o dia amanheceu no bairro de Tancredo Neves, nesta segunda-feira (19), a população estava amedrontada e impossibilitada de seguir seu percurso diário em razão de outro episódio de terror. Desta vez, o bairro foi palco de uma operação policial que, após um tiroteio intenso, matou a principal liderança do tráfico de drogas na região. Como saldo da noite turbulenta, os ônibus deixaram de circular na localidade por algumas horas e só voltaram à normalidade por volta das 8h30. Esta foi a terceira vez, somente neste ano, que os moradores ficaram sem transporte público por causa da violência.

Segundo a polícia, o líder do tráfico de Tancredo Neves era João Pedro Prates dos Santos, vulgo “JP”, que era apontado como autor da tentativa de homicídio contra um policial militar em Ibicaraí, em 2020, e investigado como o responsável por diversos "bondes" na capital. As autoridades disseram que, com o suspeito, foram encontrados uma pistola calibre 9 mm, uma jaqueta camuflada, um colete balístico e um artefato explosivo. Na operação, um investigador da Polícia Civil também foi baleado, mas não corre risco de vida.

Conforme relatos de populares, o tiroteio durou a noite toda e, quando os barulhos cessaram e o dia raiou, todos foram pegos de surpresa pela falta de transporte público. Mauro Anchieta, morador da região, contou que tinha médico marcado e por pouco não deixou de ir. “Amanheceu sem ônibus e a população estava com muito medo. Tinha médico marcado e, para ir, precisei pegar uma Moto Uber”, disse.

Uma estagiária de 20 anos, que preferiu não ser identificada, precisou mudar seu trajeto para conseguir chegar ao estágio. “Mais uma vez tive que me deslocar para um ponto de ônibus mais longe, onde estava bastante lotado, causando transtorno para pegar o transporte. Há mais de 10 anos eu moro aqui e sempre houve questões de insegurança, porém, na época que eu era criança, era bem menos. Nada se compara com a atualidade, cada vez está pior. Conflitos entre facções e a polícia são cada vez mais constantes”, lamentou.



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