Bicheiro Rogério Andrade é preso por mandar matar rival

Iggnácio herdou o império de Castor de Andrade, um dos capos do jogo do bicho, que morreu de infarto em 1997
Por: Brado Jornal 29.out.2024 às 07h41
Bicheiro Rogério Andrade é preso por mandar matar rival
Reprodução/TV Globo

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prendeu nesta terça-feira (29) o contraventor Rogério Andrade. Uma nova denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), que levou à Operação Último Ato, afirma que o bicheiro mandou matar o rival Fernando Iggnácio.

Rogério de Andrade foi preso em casa, em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca. Outro detido é Gilmar Eneas Lisboa, pego em Duque de Caxias. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri.

Iggnácio, genro e herdeiro do contraventor Castor de Andrade, foi executado em 10 de novembro de 2020 em uma emboscada no Recreio dos Bandeirantes. Ele tinha acabado de desembarcar de um helicóptero, vindo de Angra dos Reis, na Costa Verde, e foi alvejado ao caminhar até o carro. Os tiros foram de fuzil 556.

Castor de Andrade era um dos capos do jogo do bicho e morreu de infarto em 1997. Iggnácio assumiu esse império e o expandiu com máquinas de caça-níqueis.

Rogério é sobrinho de Castor e sempre teve desavenças com o “parente”. Hoje, é patrono da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel e o maior bicheiro do Rio.

Em março de 2021, o MPRJ tinha denunciado Rogério Andrade pelo mesmo crime. No entanto, em fevereiro de 2022, a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu trancar a ação penal contra o contraventor, alegando falta de provas.

“Em novo procedimento investigatório criminal, o Gaeco identificou não só sucessivas execuções protagonizadas pela disputa entre os contraventores Fernando Iggnácio e Rogério de Andrade, mas também a participação de uma outra pessoa no homicídio de Fernando: Gilmar foi o responsável por monitorar a vítima até o momento do crime”, narra o MPRJ.

Em abril deste ano, Rogério Andrade retirou a tornozeleira eletrônica que monitorava seus deslocamentos, após uma decisão do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF). O contraventor ficou quase 1 ano e meio com a tornozeleira eletrônica e cumprindo recolhimento domiciliar noturno — não podendo sair de casa após as 18h.

A vigilância eletrônica decorria da 2ª fase da Operação Calígula, em agosto de 2022, quando Andrade foi preso ao lado do filho.



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