Policial Federal é preso em Operação que investiga propinas e vazamentos na Bahia

Rogério Magno, envolvido em esquemas anteriores, recebia mesada para informar grupo criminoso sobre ações da PF
Por: Brado Jornal 23.dez.2024 às 09h27
Policial Federal é preso em Operação que investiga propinas e vazamentos na Bahia
Reprodução

A segunda fase da Operação Overclean, deflagrada pela Polícia Federal nesta segunda-feira (23), levou à prisão de quatro pessoas, incluindo o agente federal Rogério Magno Almeida Medeiros, lotado na Delegacia do Aeroporto de Salvador. Ele é acusado de receber uma mesada de R$ 6 mil para fornecer informações sigilosas a um grupo criminoso que articulava esquemas de corrupção envolvendo empresários e agentes públicos.

De acordo com as investigações, Magno mantinha contato frequente e íntimo com Alex Rezende Parente, também investigado no caso. Transcrições de mensagens mostram que os dois se tratavam como "irmão" ou "amigo". Além disso, o policial teria solicitado serviços de dedetização gratuitos, oferecidos como "cortesia" por Alex, e ajudado o grupo a transportar grandes quantias de dinheiro em espécie.

Planilhas apreendidas identificaram pagamentos ao agente com a sigla “MAG”, em referência às iniciais de seu nome. Segundo a Polícia Federal, Magno também facilitava os embarques do grupo no aeroporto de Salvador, contribuindo para a movimentação financeira ilícita.


Histórico de acusações
Esta não é a primeira vez que o nome de Rogério Magno aparece em investigações criminais. Em 2020, ele foi exonerado da Superintendência de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) durante as 6ª e 7ª fases da Operação Faroeste, que também afastaram o então secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa.

Já em 2017, Magno foi alvo da Operação Vortigern, por suspeita de vazar informações sigilosas sobre investigações envolvendo o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

A Operação Overclean segue em andamento e busca desmantelar um esquema de corrupção que envolvia propinas, desvios de recursos públicos e lavagem de dinheiro. O caso gera mais uma onda de repercussão sobre a corrupção no estado e a atuação de agentes públicos no favorecimento de grupos criminosos.



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