Polícia Urgente

Operação Contenção no Rio chega a 119 mortos, diz governo estadual

A atualização dos números veio do secretário estadual da Polícia Civil, delegado Felipe Curi, que também reportou 113 prisões e a apreensão de dez adolescentes
Por: Brado Jornal 29.out.2025 às 14h50
Operação Contenção no Rio chega a 119 mortos, diz governo estadual
Foto: Tomaz Silva /Agência Brasil

O governo do Rio de Janeiro informou, na tarde desta quarta-feira (29), que o saldo de vítimas fatais na Operação Contenção subiu para 119, um dia depois da ação policial mais mortal já registrada no estado. O governador Cláudio Castro (PL) definiu a operação como "um sucesso".

A atualização dos números veio do secretário estadual da Polícia Civil, delegado Felipe Curi, que também reportou 113 prisões e a apreensão de dez adolescentes.

Victor Santos, secretário de segurança, justificou a escolha da área de mata como foco principal dos confrontos. "Com base no histórico de ações naquela região, decidimos mudar o ponto de contato. Assim, levamos o confronto para fora das áreas construídas das comunidades, para a mata onde os suspeitos se ocultam e emboscam as forças de segurança. Essa estratégia visou proteger os moradores locais e reduzir danos colaterais. Nesse cenário, registramos um impacto mínimo: quatro civis inocentes atingidos por tiros, mas sem lesões graves", declarou.

Antes da divulgação oficial das mortes, Cláudio Castro já havia celebrado os resultados. "Sem contar com ajuda federal, realizamos a operação sozinhos e foi um sucesso. Exceto pelas vidas dos policiais perdidas, o resto correu bem", disse ele em entrevista na sede do governo estadual.

A megaoperação mirava a captura de integrantes do Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio, e contava com 69 mandados de prisão em 180 endereços. Até terça-feira (28), eram 64 mortos, incluindo quatro policiais. O governo informou 81 detenções no total, sem detalhar quantos mandados foram executados, e a apreensão de mais de 100 fuzis da facção.

A resposta do Comando Vermelho incluiu armas pesadas, bloqueio de ruas e um clima de guerra em várias partes da segunda maior cidade brasileira, com tiroteios, veículos incendiados e caos generalizado. Suspeitos usaram drones para arrojar explosivos contra policiais e moradores da Penha, tentando frear o avanço das equipes pela manhã de terça.

Na madrugada desta quarta, residentes do Complexo da Penha removeram pelo menos 70 corpos da mata que divide os dois complexos, local de intensos disparos. Os falecidos foram alinhados na praça São Lucas, na comunidade, para identificação por familiares.



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