As atrizes e sócias Marieta Severo e Andréa Beltrão celebram agora os 15 anos do Poeira, teatro que elas fundaram em Botafogo, no Rio de Janeiro. Mas comandar o espaço em meio à “guerra cultural” empreendida pelo governo Bolsonaro é um desafio. Elas dizem que o ambiente político afeta pessoalmente os artistas, desestimulando qualquer criatividade.
O teatro foi um dos muitos afetados pelos cortes de patrocínio da Petrobras em 2019. A realização dos projetos, que promoviam cursos de teatrólogos renomados do Brasil e do exterior, ficou então ainda mais difícil, segundo a dupla.
Na época do ocorrido, redes bolsonaristas comemoraram o suposto “fim da mamata”. Severo, aos 75 anos, diz que comentários do tipo não são motivados só por ignorância. “É má intenção. Conseguiram colar essa pecha na gente.
“Fizemos todo o Poeira com o nosso dinheiro. Mas não temos nenhum problema com a Lei Rouanet, a gente só tem a favor. Todos os países do mundo têm incentivo fiscal para a indústria cultural, que rende milhões e emprega milhões”, afirma Severo.
Além do investimento das proprietárias, a bilheteria das peças consegue igualar o custo de manutenção do Poeira, mas segundo Beltrão e Severo raramente há lucro.
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