O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quarta-feira, 27, ter recebido informações de que seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), seria preso por disseminar notícias falsas. A declaração foi dada durante ato “pela liberdade de expressão” e em defesa do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), no Palácio do Planalto, em Brasília, “As coisas não acontecem ou são feitas por acaso. Por que o cerceamento da liberdade de expressão? O cerceamento não atinge apenas a mim. Quem foi meu marqueteiro? Carlos Bolsonaro, que, por várias vezes, chegou informes de prisão por fake news. Vai prender o filho do presidente por fake news? É grave? É, assim como é grande prender qualquer um brasileiro. Mais grave ainda é prender um parlamentar, que tem liberdade para defender o que ele bem entender”, argumentou Bolsonaro.
Em seu pronunciamento, o mandatário do Palácio do Planalto disse ter precisado de coragem para decidir pela concessão de indulto de graça a Silveira, condenado a oito anos e nove meses pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por incitar a tentativa de impedir o livre exercício dos Poderes da União e por coação no curso do processo. “Alguém acha que é fácil eu decidir a graça do deputado Daniel? Não faltou gente para cima de mim. ‘Você vai ter problema com o Supremo’, ‘olha as ações contra o governo que podem vir’. Eu não posso acreditar em retaliação”, afirmou o presidente. O chefe do Executivo aproveitou para alertar aos presentes sobre o perigo da aprovação do marco temporal de demarcação das terras indígenas e voltou a subir o tom contra o STF. “Como é que fica o agronegócio se aprovarem? Como é que fica Rondônia? Como é que fica o Brasil? O que é que vai sobrar para mim? Respeitosamente, prezado presidente do Supremo Tribunal Federal, está aqui a chave do Executivo, administre o país, porque não vamos mais ter economia, garantia alimentar, vai ser uma balbúrdia no campo”, sugeriu Bolsonaro.
“Os Poderes existem para ser respeitados, não é para um mostrar que é mais forte que o outro. Eu tenho dito ao longo dos últimos meses: Temos poucas pessoas aqui na Praça do Três Poderes que mandam muito, mas nenhuma delas pode tudo”, alfinetou. Em outro momento, o presidente questionou a segurança das urnas eletrônicas. “Temos uma tecnologia dos anos 96. O ministro Barroso [ex-presidente do TSE] disse que desde 96 nada foi comprovado de falsificação ou de fraude. Ora, as eleições de 2014 o PSDB contratou uma auditoria internacional. Qual a conclusão? A urna é inauditável”, apontou Bolsonaro, que faz defesa de uma maneira de tornar a votação auditável. Em sua fala final, Bolsonaro fez um alerta para quem “jogar fora das quatro linhas da Constituição”. Segundo o chefe do Executivo, ele e seus ministros vão agir para enquadrar essas pessoas na Lei.
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