O ministro Alexandre de Moraes afirmou, nesta sexta-feira (29), que não é possível aceitar “desinformação estruturada, programada e com a finalidade clara de atentar contra o Estado Democrático de Direito como normal”.
“Desinformação não é ingênua, é criminosa, tem finalidade. Para uns é o enriquecimento, para outros é a tomada do poder”, declarou durante uma palestra em uma faculdade em São Paulo.
“Então, nós que vivemos do direito, que defendemos a democracia, temos que combater a desinformação”, completou.
O ministro ainda negou notícias que afirmavam que o inquérito das fake news está prestes a ser arquivado, e disse que as investigações estão “chegando em todos os financiadores”.
“Hoje saiu uma notícia falando: ‘Supremo quer arquivar o inquérito das fake news’. Isso é uma fake news; não vai acontecer. Porque nós estamos chegando em todos os financiadores”, declarou.
Moraes classificou a instauração do inquérito como um ato “corajoso” do ministro Dias Toffoli, à época presidente do Supremo Tribunal Federal, e disse que a propagação de notícias falsas são “são estruturas muito bem organizadas”, de acordo com a investigação até o momento.
“Na verdade, são duas finalidades [da desinformação]. Uma é a tomada do poder não-democrática, uma tomada de poder autoritária e sem controle e sem limites. Além da tomada de poder, vem a finalidade econômica: ganhar dinheiro. As pessoas estão enriquecendo com isso. Isso vem se repetindo, mas através das investigações, fomos capazes de entender o modus operandi”, afirmou.
Nesta semana, um dos investigados no âmbito do inquérito, o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), teve sua condenação dada pelo STF anulada devido a um indulto presidencial concedido por Jair Bolsonaro (PL). Moraes, que era relator da ação, defendeu que o deputado cumprisse pena de 8 anos 9 meses, com prisão inicial em regime fechado.
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