Bolsonaro indica contar com Moro no Senado e diz que divergências são do passado

O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, afirmou que as divergências com o senador eleito pelo Paraná Sergio Moro (União) ficaram no “passado”.
Por: Brado Jornal 20.out.2022 às 06h23
Bolsonaro indica contar com Moro no Senado e diz que divergências são do passado

Presidente afirmou que ‘faltou para Sergio Moro um pouco mais de entendimento de como funciona o Parlamento brasileiro’ na época em que esteve no governo federal

O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, afirmou que as divergências com o senador eleito pelo Paraná Sergio Moro (União) ficaram no “passado”. Os dois romperam relações em abril de 2020, quando o Moro deixou o cargo de ministro da Justiça em meio a acusações de que Bolsonaro atuava para interferir em investigações.

A reaproximação se deu em meio às eleições. Após se desfiliar do Podemos, ingressar no União Brasil e ver ruir o plano de disputar a Presidência da República, Moro foi eleito para o Senado. O ex-juiz já declarou voto em Bolsonaro e tem atuado de forma próxima ao mandatário na campanha ao segundo turno presidencial.

“O que eu acertei com o Moro? As nossas divergências ficaram no passado, Vamos aproveitar o que nós podemos fazer de útil para o Brasil. Essa é a nossa política atual. O Moro vai ser 1 de 81 dentro do Senado Federal. Ele falou. Tem falado, eu tenho isso, que vai tentar resgatar muita coisa da Lava Jato”, disse em entrevista a um podcast do portal O Antagonista na noite desta quarta-feira (19).

“Ele vai ter que convencer os seus pares no Senado e depois na Câmara dos Deputados, porque tudo passa pelas duas Casas. Acredito que ele vai ter um papel muito bom no Senado, não vai conseguir o que ele quer na íntegra, mas vai dar uma redirecionada nessa política”, acrescentou sobre a pauta de Moro contra a corrupção.

Bolsonaro também comentou sobre a postura de Moro no início da atual gestão federal, em 2019. Na época, o ex-juiz tentou articular a aprovação de propostas simpáticas à Operação Lava Jato dentro do Congresso Nacional. 

“O que é a política com P maiúsculo? É a arte do possível, não é tudo o que eu quero. A proposta de crime do Moro não dependia de mim, ia passar pelo Parlamento. E modéstia à parte eu conheço muito mais o Parlamento, até nominalmente, até mais do que o Sergio Moro. O Sergio Moro foi muito mais para a linha de ‘tem que ser assim e dá para aprovar’. Não é assim, acredito que tenha faltado para o Sergio Moro um pouco mais de entendimento de como funciona o Parlamento brasileiro”, destacou o mandatário.



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