Presidente do Senado adia a votação da PEC que beneficia juízes

Rodrigo Pacheco prometeu, no entanto, retomar proposta antes do recesso parlamentar
Por: Brado Jornal 01.dez.2022 às 10h05
Presidente do Senado adia a votação da PEC que beneficia juízes
Divulgação/Agência Brasil

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), adiou a votação da proposta que institui o pagamento de um adicional de 5% a cada cinco anos de serviço para integrantes do Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública. A votação da PEC do Quinquênio (63/20136) estava na pauta para ser votada na quarta-feira 30, mas líderes partidários, depois da repercussão negativa da proposta e alegando que a PEC da Gastança é prioridade, pediram a retirada de pauta.

O quinquênio será retroativo ao tempo em que esses servidores atuaram na advocacia e repassado também para quem já se aposentou e tem direito à chamada paridade. Ao defender a PEC, Pacheco argumentou que o chamado quinquênio não é um privilégio, mas uma reestruturação das carreiras para valorizar quem tem mais tempo de dedicação exclusiva.

Mas para o vice-líder do governo Bolsonaro, senador Carlos Viana (PL-MG), a PEC que beneficia os juízes não deve ser votada até uma definição do Auxílio Brasil. “Não é o momento de discutirmos qualquer aumento de despesas especialmente sobre ganhos salariais nem nossos muito menos em qualquer categoria do serviço público”, declarou.

Ao rebater o aumento de gastos e da falta de dinheiro, o relator da PEC, senador Eduardo Gomes (PL-TO), disse que o adicional de 5% será pago com verbas próprias de cada instituição. “Constitucionalmente é impossível fazer essa relação do pagamento de pessoal do Judiciário com o pagamento do Auxílio”, afirmou Gomes, segundo a Agência Senado.

Pacheco quer votar a PEC do Quinquênio antes do recesso parlamentar, previsto para iniciar no dia 17 de dezembro. Ele condicionou a eventual promulgação da proposta, que ainda será votada pela Câmara dos Deputados, à aprovação de um projeto que acaba com os penduricalhos nos salários do funcionalismo público.

São contemplados com o benefício apenas integrantes da Justiça Federal. Segundo projeção do consultor legislativo do Senado, Luiz Alberto dos Santos, um juiz empossado em 1995 poderá receber mais de R$ 2 milhões em atrasados. Caso a PEC avance, outro estudo de Santos mostra que os gastos anuais aumentariam em R$ 7,5 bilhões. Nesse caso, o valor se aplicaria a juízes e promotores.

O benefício estava suspenso desde 2006, sendo restabelecido pelo Conselho da Justiça Federal (CJF) em 16 de novembro para os magistrados. A medida prevê o pagamento retroativo, com correção pela inflação, causando grande impacto nas contas públicas.



📲 Baixe agora o aplicativo oficial da BRADO
e receba os principais destaques do dia em primeira mão
O que estão dizendo

Deixe sua opinião!

Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.

Sem comentários

Seja o primeiro a comentar nesta matéria!

Carregar mais
Carregando...

Carregando...

Veja Também
Trump reforça intervenção contra cartéis e reacende temores na América Latina
Ordem de ação militar evoca Doutrina Monroe e preocupa líderes regionais sobre soberania
Brasil critica avanço militar de Israel na Cidade de Gaza
Itamaraty reforça apoio à Palestina e exige cessar-fogo imediato
Pesquisa revela alta aprovação da gestão de Bruno Reis em Salvador
Outros 3,2% não souberam ou não opinaram.
Esgoto a céu aberto perturba moradores de Jacobina
Bairro Catuaba enfrenta mau cheiro e proliferação de mosquitos
Corregedoria da Câmara analisa denúncias contra 14 deputados por ocupação do plenário
Com o recebimento das representações, a Corregedoria tem 48 horas, até quarta-feira (13.ago), para emitir pareceres sobre os casos.
Assassinato de senador colombiano Miguel Uribe gera comoção e apoio de Michelle Bolsonaro
Uribe, pré-candidato à Presidência da Colômbia para as eleições de 2026, foi baleado em 7 de junho
Carregando..