Brasil volta a exigir visto de cidadãos de 4 países antes isentos

Restabelecimento de exigência de vistos para turistas ainda deve levar algumas semanas
Por: Brado Jornal 09.mar.2023 às 06h32
Brasil volta a exigir visto de cidadãos de 4 países antes isentos
Isenção de vistos para esses países era válida desde 2019 | Foto: Divulgação

O governo brasileiro decidiu voltar a exigir vistos para turistas vindos dos Estados Unidos, do Canadá, do Japão e da Austrália. A decisão, tomada nesta quarta-feira, 8, já foi encaminhada às embaixadas locais, para que os país sejam notificados da mudança.

A isenção da necessidade de vistos para viajantes vindos dessas nacionalidades havia sido concedida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2019. Atendendo a um pedido do setor de turismo, que via na ação uma maneira de atrair público estrangeiro para o país. Houve resistência do Itamaraty, por entender que não há reciprocidade na decisão.

De acordo com avaliações de auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a isenção não gerou um aumento no número de estrangeiros visitando o Brasil. Ainda segundo o governo, a quantidade de turista se manteve estável, e, em alguns casos, quedas foram registradas.

Os procedimentos administrativos para o restabelecimento da exigência do vistos já estão sendo tomados, mas ainda devem levar algumas semanas.

Exigência de vistos retorna depois de investigações do FBI

O assunto, no entanto, começou a ser avaliado depois que o FBI iniciou uma investigação de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobras.

O Departamento de Justiça dos EUA denunciou, em 17 de fevereiro, dois comerciantes de combustíveis, por participação em esquema de propina a executivos da estatal brasileira.

Segundo o FBI, o norte-americano Glenn Otzemel e o ítalo-brasileiro Eduardo Innecco são acusados de violar a Lei de Práticas de Corrupção no Exterior (FCPA, sigla em inglês). De 2010 a 2018, a dupla teria favorecido duas empresas, com sede no Estado de Connecticut, em contratos com a petroleira, por meio de pagamentos ilícitos a executivos da estatal.

A autoridade norte-americana não divulgou os nomes das empresas beneficiadas pelo esquema. Entretanto, uma apuração feita pela Reuters informou que Otzemel trabalhava para a Freepoint Commodities, com sede em Stamford, Connecticut. Innecco também chegou a realizar consultoria para a mesma empresa.

Ainda de acordo com a agência, a Polícia Federal investiga funcionários do alto escalão da Freepoint, por acusação de pagamento de propina a executivos da Petrobras desde 2021.


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