TRF4 restabelece ordem de prisão contra desafeto de Moro e Dallagnol

Decisão é contra o ex-advogado da Odebrecht, acusado de lavagem de dinheiro
Por: Brado Jornal 14.abr.2023 às 10h42
TRF4 restabelece ordem de prisão contra desafeto de Moro e Dallagnol

O desembargador Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), restabeleceu a ordem de prisão preventiva do advogado Rodrigo Tacla Duran, réu em ações da Operação Lava Jato. A decisão é de terça-feira 11, mas foi divulgada apenas na quinta-feira 13.

Duran é acusado de lavagem de dinheiro, crime que admitiu. Porém, também acusa o juiz titular da Lava Jato Sergio Moro, hoje senador (União-PR), de extorsão e o ex-procurador da operação Deltan Dallagnol, eleito deputado federal (Podemos-PR), de perseguição.

A prisão de Tacla Duran havia sido revogada no dia 4 deste mês pelo juiz Eduardo Appio, titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, que está à frente dos processos da Lava Jato. Na decisão, Malucelli considerou que a Vara Federal da capital paranaense não poderia ter revogado a ordem de prisão depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter determinado a suspensão do trâmite das ações.

“Considerando a decisão proferida pelo STF que determinou a suspensão das ações penais  em trâmite na 13ª Vara Federal de Curitiba, em relação a Rodrigo Tacla Duran, evidentemente é indevida a prática de quaisquer atos nas referidas demandas e incidentes a elas relacionados”, destacou Malucelli.

A ordem de prisão preventiva, que havia sido concedida pelo então juiz Sergio Moro, antes da suspensão determinada pelo STF, não foi revogada pela Suprema Corte, e, por isso, segundo o desembargador, permanece válida.

Duran é esperado às 14 horas desta sexta-feira, 14, na Justiça Federal de Curitiba para uma audiência com o juiz federal Eduardo Appio. O magistrado incluiu o réu no programa federal de testemunhas protegidas, em março, depois que Duran acusou Moro e Dallagnol, e enviou o processo ao Supremo Tribunal Federal (STF), porque os dois parlamentares têm foro privilegiado para investigações penais. Dallagnol e Moro negam as acusações.

Ainda não se sabe se o réu, que foi advogado da Odebrecht de 2011 até 2016, comparecerá à audiência desta sexta-feira. Com dupla cidadania, brasileira e espanhola, ele vive na Espanha desde 2016.



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