Thiago Pavinatto, advogado da família de Cleriston Pereira da Cunha, morto no Complexo Penitenciário da Papuda, pediu a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes por tortura, maus-tratos e abuso de autoridade.
O pedido foi feito ao presidente do STF, ministro Roberto Barroso, nesta sexta-feira (2). O documento tem 65 páginas.
Além da prisão por diversos crimes, Pavinatto pediu o afastamento de Moraes do cargo de ministro do STF e uma indenização por danos morais.
Em dezembro de 2023, Edjane Cunha, viúva de Cleriston, pediu o afastamento “imediato” de Moraes. Na petição, afirmou que mesmo com um parecer favorável da PGR pela soltura, “Moraes não concedeu liberdade”.
CRONOLOGIA
Cleriston estava preso por participar dos atos extremistas do 8 de Janeiro. Seu celular faz parte do material apreendido pela PF para apurar o caso.
Eis a cronologia dos fatos:
o réu não pôde comparecer a consultas em 30 de janeiro e 27 de fevereiro de 2023 por conta do “impedimento legal”;
à época, o paciente fazia tratamento reumatológico há 8 meses, por conta de um quadro de vasculite de múltiplos vasos e miosite secundária à covid-19;
em 2022, o paciente ficou internado por 33 dias por conta de complicações em decorrência da covid;
o paciente seguia fazendo uso dos seguintes medicamentos: prednisona (5mg/dia), fluoxetina (20mg/dia), propranolol (20mg/12 em 12 horas) e azatioprina (100mg/dia);
chama a atenção para o risco de morte do réu por imunossupressão e infecções;
pede “agilidade” na resolução do processo por risco de uma eventual nova infecção por covid, que poderia agravar o estado do réu.
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