PF intima Valdemar e outros aliados de Bolsonaro a depor sobre suposta tentativa de golpe

Além de Jair Bolsonaro e do presidente do PL, Torres, Heleno e Braga Netto também deverão comparecer à sede da polícia
Por: Brado Jornal 19.fev.2024 às 20h46 - Atualizado: 19.fev.2024 às 19h46
PF intima Valdemar e outros aliados de Bolsonaro a depor sobre suposta tentativa de golpe
Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A Polícia Federal intimou nesta segunda-feira (19), além do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), outros 9 nomes para depor na sede da corporação, em Brasília, sobre envolvimento em suposto plano de golpe de Estado. O caso é investigado no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que apura se um núcleo de autoridades políticas ligado ao ex-chefe do Executivo estruturou um esquema para vencer ilegalmente as eleições presidenciais de 2022.


De acordo com informação divulgada pelo jornal O Globo, a PF também requisitou informações de:

  • Valdemar Costa Neto, presidente do PL;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
  • Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Mário Fernandes, ex-chefe substituto da Secretaria-Geral da Presidência da República;
  • Walter Braga Netto, ex-ministro-chefe da Casa Civil;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro; e
  • Tercio Arnauld, ex-assessor de Jair Bolsonaro.


A operação foi deflagrada em 8 de fevereiro para investigar as falas de uma reunião de 5 de julho de 2022. O vídeo do encontro constava em computador apreendido do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.

Nas imagens, o ex-presidente e diferentes ex-ministros da gestão atacam o sistema do Tribunal Superior Eleitoral e conspiram sobre possíveis estratégias para questionar o resultado das urnas eletrônicas -incluindo a participação das Forças Armadas.

Bolsonaro também foi intimado para falar sobre a reunião nesta segunda-feira (19). O depoimento foi agendado para quinta-feira (22) na sede da PF, em Brasília, às 14h30 (horário local). A defesa de Bolsonaro antecipou, no entanto, que o investigado ficará em silêncio durante as perguntas feitas pela corporação.

“Ante o exposto, informa-se que o peticionário [Jair Bolsonaro] opta por não prestar depoimento ou fornecer declarações adicionais até que seja garantido o acesso à integralidade das mídias dos aparelhos celulares apreendidos, sem abrir mão, por óbvio, de ser ouvido em momento posterior e oportuno”, disse a defesa.



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