Moraes nega pedido de tenente-coronel para novo depoimento

Araújo Júnior foi convocado a depor à PF no dia 22 de fevereiro, juntamente com outros investigados, mas na ocasião permaneceu em silêncio
Por: Brado Jornal 05.abr.2024 às 14h57
Moraes nega pedido de tenente-coronel para novo depoimento
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro Alexandre Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) negou o pedido do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior para prestar um novo depoimento à Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.

Araújo Júnior foi convocado a depor à PF no dia 22 de fevereiro, juntamente com outros investigados, mas na ocasião permaneceu em silêncio. O militar é amigo do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.


Solicitação de novo depoimento

Segundo reportagem da CNN, em uma mudança de estratégia, a defesa do tenente-coronel havia solicitado uma nova oitiva à PF em 13 de março. Como não houve resposta, os advogados recorreram ao STF para que Araújo Júnior pudesse prestar seu depoimento.

No entanto, o pedido foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes. Em sua decisão, ele menciona que, se necessário, a PF marcará um novo depoimento.

“A condução das investigações está sob responsabilidade da digna autoridade policial e nada impede que, entendendo necessário, seja agendado um novo depoimento no curso das investigações. A análise da necessidade desse depoimento deve ser feita pela Polícia Federal e não pelo investigado. Portanto, indefiro o pedido“, afirmou Moraes em seu despacho.

A defesa do tenente-coronel não pretende recorrer da decisão.


Investigação

Nas investigações, o tenente-coronel é apontado como uma das pessoas próximas ao ex-ajudante de ordens, também tenente-coronel Mauro Cid. Ele teria participado das discussões sobre os termos de uma minuta para um golpe de Estado.

O advogado do militar afirmou que Araújo Júnior conhecia Mauro desde que ambos cursaram a escola militar juntos e tinham uma relação de amizade. No entanto, ele defende veementemente que seu cliente não teve qualquer participação em ações ou ideias que atentassem contra o Estado Democrático de Direito.



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