Ministro pede desculpas após exoneração de primo de Lira no Incra

Wilson César de Lira Santos foi demitido nesta terça-feira, 16
Por: Brado Jornal 16.abr.2024 às 17h38
Ministro pede desculpas após exoneração de primo de Lira no Incra
Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, procurou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para minimizar a crise gerada após a demissão de Wilson César de Lira Santos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de Alagoas. Wilson é primo do deputado e teve a exoneração publicada nesta terça-feira, 16.

Teixeira esteve na Residência Oficial e tentou justificar ao presidente da Câmara a demissão de seu apadrinhado político em seu reduto eleitoral. Conforme apurou O Antagonista, o ministro indicou a Lira que ele será o responsável por indicar o novo presidente do Incra no estado.

O primo de Lira estava no posto desde 2017 e foi indicado ainda durante o governo de Michel Temer (MDB). A demissão ocorreu após o avanço das invasões de terras pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) durante o chamado Abril Vermelho.


MST

Os sem-terra pleiteiam trocas em chefias do órgão, que é responsável por gerir os processos de regularização de assentamentos. Na semana passada, trabalhadores rurais vinculados a diferentes movimentos sociais ocuparam a sede do Incra em Alagoas. O prédio só foi desocupado após o grupo conseguir agendar reuniões com o governo federal para tratar do tema.

Teixeira tinha prometido aos movimentos que a substituição ocorreria em abril, quando Wilson César Lira planejava sair para concorrer a prefeito de Maragogi (AL), cidade hoje comandada por outro primo do presidente da Câmara. O grupo político escolheu outro candidato e Wilson César tinha ficado no cargo, embora ainda exista a possibilidade de ele concorrer a vereador.

Ao se reunir com o ministro de Lula, o presidente da Câmara indicou que ficou irritado por saber da exoneração pela publicação no Diário Oficial da União (DOU). Além disso, o deputado afirmou que a demissão ocorreu logo após o seu embate público com o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.



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