Pacheco diz que ação do governo contra desoneração foi 'erro primário'

AGU pediu ao STF derrubada da medida fiscal. Ação está em julgamento
Por: Brado Jornal 01.mai.2024 às 10h47 - Atualizado: 30.abr.2024 às 20h48
Pacheco diz que ação do governo contra desoneração foi 'erro primário'
Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou nesta terça-feira (30) a judicialização, por parte do governo, de trechos da Lei 14.784, de 2023, que prorroga a desoneração da folha de pagamento de empresas e prefeituras até 2027. Segundo ele, o ajuizamento da ação no Supremo Tribunal Federal (STF) foi um erro primário do governo federal e gera uma crise de confiança na relação entre os Poderes.

“É inegável o direito que se tem de acessar a Justiça, é direito do cidadão e também de um poder. A questão que nós ponderamos apenas é que em um tema que está sendo discutido no ambiente da política, entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo, estamos no meio dessa discussão política, haver a precipitação do ajuizamento de uma ação. Esse ponto atribuímos ser um erro do governo federal sob todos os aspectos”, disse Pacheco, em entrevista coletiva.  

Na semana passada, com base em uma ação da Advocacia-Geral da União), o ministro do STF Cristiano Zanin concedeu liminar suspendendo a desoneração da folha e submeteu sua decisão ao plenário. Cinco dos 11 ministros votaram por confirmar a suspensão, mas Luiz Fux pediu vista e interrompeu a análise. Ele tem até 90 dias para liberar o processo.

Em entrevista nessa segunda-feira (29), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a manutenção da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia e da desoneração para pequenos municípios traz o risco de uma nova reforma da Previdência em três anos.


Salários

Pacheco voltou a condicionar a votação da PEC do Quinquênio, que cria adicional sobre o salário de carreiras jurídicas, ao projeto que acaba com os supersalários no serviço público. Segundo ele, a economia para as contas públicas que seria gerada com o projeto de lei que combate os supersalários é superior ao incremento de gasto, dentro do Orçamento, para o pagamento do quinquênio, um bônus de 5% do salário a cada cinco anos a carreiras do Judiciário.

“As duas coisas casadas e em conjunto significam economia para o Estado brasileiro. Essa combinação do projeto de lei com a emenda não altera em nada nossa busca do cumprimento da meta fiscal”, disse. 



📲 Baixe agora o aplicativo oficial da BRADO
e receba os principais destaques do dia em primeira mão
O que estão dizendo

Deixe sua opinião!

Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.

Sem comentários

Seja o primeiro a comentar nesta matéria!

Carregar mais
Carregando...

Carregando...

Veja Também
Moraes rejeita pedido de Bolsonaro para adiar depoimentos em inquérito sobre golpe
Em sua decisão, Moraes afirmou que a disponibilização do material não impacta o curso do processo nem modifica as acusações formuladas pela PGR
João Roma reafirma pré-candidatura ao governo da Bahia
Ex-ministro tenta se vender como oposição, mas segue como mais um aliado da base esquerdista no estado
Bolsonaro critica mensagens de ex-ajudante que preferia Lula a Michelle em 2026
Bolsonaro defendeu Michelle, destacando sua capacidade de manter a ordem.
STF inicia depoimentos sobre tentativa de golpe após eleições de 2022
Autoridades como senadores e deputados, que possuem prerrogativa de foro, podem definir o local, data e horário de seus depoimentos.
Carregando..