Autor de PL do Aborto vai sugerir pena de 30 anos para estupradores

Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) sugere que criminosos cumpram até 30 anos pelo crime após críticas ao texto que equipa aborto a homicídio
Por: Brado Jornal 14.jun.2024 às 13h30
Autor de PL do Aborto vai sugerir pena de 30 anos para estupradores
Foto: Câmara dos Deputados

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), autor do projeto de lei que equipara o aborto depois das 22 semanas de gravidez ao homicídio, disse nesta quinta-feira (13) que irá incluir no texto o aumento de pena para o crime de estupro para 30 anos.

A proposta teve seu caráter de urgência aprovado pela Câmara dos Deputados em uma votação relâmpago na noite de 4ª feira (12.jun). Desde então, a proposta tem sido alvo de críticas e protestos nas capitais do país e nas redes sociais.

Depois da repercussão negativa, o deputado foi às redes sociais dizer que irá propor no texto um aumento em 20 anos para o crime de estupro. Nas redes sociais, Sóstenes disse que “vai continuar lutando a favor da vida e da família”.

No Brasil, a lei permite que um a gravidez seja interrompida em 3 casos: de estupro, risco de morte à gestante e anencefalia fetal (má formação cerebral). Em caso de aborto fora dessas premissas, a pena é de 1 a 3 anos de prisão para a gestante.

O texto de Cavalcante fixa que mulheres sejam penalizadas com uma pena de até 20 anos de prisão. Em casos de estupro, na atual legislação, a pena é de até 10 anos de reclusão.

Estabelece ainda que, mesmo se a gravidez for resultado de um estupro, não será permitida a interrupção se o feto for considerado “viável”, ou seja, capaz de sobreviver fora do útero.


ENTENDA

Com o caráter de urgência do PL, a análise é acelerada e pode ser feita diretamente em plenário, sem passar pelas comissões temáticas. A apreciação foi feita de forma simbólica, ou seja, sem a identificação nem a contagem de votos dos deputados.

A ala conservadora da Casa Baixa realiza um esforço para votar projetos da chamada pauta de costumes, contrários a temas de ocupações de terras, direitos da comunidade LGBT+ e aborto.

Os deputados querem ainda dar uma resposta ao STF (Supremo Tribunal Federal). Em 17 de maio, o ministro Alexandre de Moraes suspendeu uma resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina) que proíbe a realização de assistolia fetal para interrupção de gravidez

O procedimento é usado nos casos de abortos previstos em lei.



📲 Baixe agora o aplicativo oficial da BRADO
e receba os principais destaques do dia em primeira mão
O que estão dizendo

Deixe sua opinião!

Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.

Sem comentários

Seja o primeiro a comentar nesta matéria!

Carregar mais
Carregando...

Carregando...

Veja Também
Empresário suspeito de fraude em aposentadorias tem aparelho telefônico confiscado pela CPMI do INSS
Ação visa preservar provas em esquema bilionário de desvios no instituto previdenciário
Primeira Turma do STF inicia julgamento de acusados no núcleo 3 do plano golpista
Supremo analisa denúncia contra nove militares do Exército e um policial federal envolvidos na tentativa de golpe durante o governo Bolsonaro
Lewandowski alerta que tratar facções como terroristas pode comprometer soberania do Brasil
Ministro critica relatório sobre PL e defende competências da PF
Alterações no Projeto Antifacção preocupam PF e Judiciário por possível proteção a apurações de emendas
PF monitora com apreensão mudanças propostas pelo relator no PL Antifacção
Manifestantes tentam invadir área restrita da COP30 em Belém
Confronto entre ativistas e equipe de segurança gera cancelamentos e eco global
Moraes Suspende Investigação Sobre Moradores Que Transportaram Corpos Após Operação Policial No Rio
Decisão Do Stf Exige Paralisação Imediata Da Apuração Pela Polícia Civil E Relato Detalhado Em Dois Dias
Carregando..