Marinho ameaça pedir demissão se governo cortar gastos trabalhistas

Ao ser questionado se deixaria o cargo caso o governo resolvesse fazer mudanças em temas sob a alçada do MTE, ele respondeu: “É possível”
Por: Brado Jornal 31.out.2024 às 10h08
Marinho ameaça pedir demissão se governo cortar gastos trabalhistas
Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, indicou, nesta quarta-feira (30/10), a possibilidade de pedir demissão do cargo caso o governo federal resolva fazer mudanças em programas e benefícios sob a alçada do MTE.

“Se eu for agredido é possível. Nunca fui. Estou dizendo que essa discussão não existe”, disse. “Uma decisão sem minha participação num tema meu, é uma agressão”, completou o titular da pasta do Trabalho.

Marinho ainda disse que o cargo dele pertence ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Todo cargo de ministro é do presidente. Se ele achar que o ministro não está servindo, ele pede para sair”, declarou.

A fala do ministro ocorreu durante a coletiva de imprensa sobre os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de setembro, que mostra que o Brasil criou criou 247.818 vagas de emprego formal.

Ao ser questionado sobre algumas opções estudadas pela equipe econômica para cortar os gastos das contas públicas, como mudanças na multa por justa causa do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), no seguro-desemprego e no abono salarial, Marinho reforçou que o assunto não foi debatido dentro do MTE nem mesmo entre outros ministros.

“Se ninguém conversou comigo, não existe [debate sobre essas possíveis mudanças]. Se eu sou responsável pelo Trabalho e Emprego. A não ser que o governo me demita”, afirmou o o titular do Trabalho. “Não me consta que nenhum ministro de Estado tenha discutido esse assunto”, completou.

“As áreas técnicas têm a obrigação de estudar. O que não é de bom comportamento é vazar estudo, que não esteja autorizado pelo ministro titular da pasta”, afirmou.

Na semana passada, Marinho negou os rumores de eventuais mudanças em benefícios do MTE. Em publicação no X, ele escreveu que “o Ministério do Trabalho e Emprego NÃO cogita ou realiza QUALQUER debate sobre o fim da multa rescisória, paga ao trabalhador e à trabalhadora após a demissão, ou sobre a redução do FGTS”.



📲 Baixe agora o aplicativo oficial da BRADO
e receba os principais destaques do dia em primeira mão
O que estão dizendo

Deixe sua opinião!

Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.

Sem comentários

Seja o primeiro a comentar nesta matéria!

Carregar mais
Carregando...

Carregando...

Veja Também
Alexandre de Moraes afirma que Bolsonaro danificou intencionalmente a tornozeleira eletrônica
Ministro mantém prisão preventiva do ex-presidente e destaca descumprimento ostensivo de medida cautelar
Prisão de Bolsonaro não deve abalar laços econômicos Brasil-EUA, avaliam empresários
Departamento de Estado critica detenção e encerra período de silêncio sobre o caso
STF mantém por unanimidade prisão preventiva de Jair Bolsonaro
O equipamento apresentou marcas de queimadura em toda a circunferência, conforme relatório da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal.
A COP30 termina marcada por controvérsias que vão além do acordo final
Falhas na organização em Belém expõem desafios para eventos globais de clima
Flávio perde força e Tarcísio ganha terreno nas projeções para 2026 após detenção de Bolsonaro
Filho do ex-presidente revela falta de habilidade em ações recentes, abrindo caminho para o governador paulista como alternativa da direita contra Lula
Mulher de Ramagem afirma que viagem aos EUA visava resguardar os filhos
Por meio de postagem em redes sociais, Rebeca denuncia perseguição e falta de imparcialidade judicial; condenado por suposta trama golpista, marido deixou o país apesar de proibições
Carregando..