O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, recebeu na última terça-feira, dia 27, a mais alta honraria brasileira, a Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco, em cerimônia no Itamaraty. A pergunta que não quer calar é: homenagem pelo quê? Jerônimo, que comanda o estado mais violento do país, parece ter sido premiado não pela competência, mas pelo completo fracasso de sua gestão. A Bahia lidera o ranking nacional de homicídios, mergulhada em um cenário de guerra civil não declarada, onde facções criminosas controlam territórios e o povo é refém do medo.
Enquanto isso, o cidadão baiano que sobrevive à violência enfrenta outro drama: o desemprego. A Bahia amarga taxas alarmantes de desocupação, sem perspectivas concretas de desenvolvimento. O estado não atrai investimentos, não impulsiona o empreendedorismo e não apresenta soluções para gerar renda. O povo, abandonado, vive entre o risco de morrer pela criminalidade e a angústia de não ter como sustentar sua família.
Na educação, o caos não é diferente. Antes de ser governador, Jerônimo foi secretário estadual de Educação e sua passagem pela pasta foi desastrosa. Sob sua gestão, a Bahia ostentou os piores índices educacionais do Brasil, com resultados vergonhosos no IDEB e escolas sucateadas. O legado que deixou foi de descaso, desvalorização dos professores e abandono da juventude. Agora, mesmo com esse histórico lamentável, recebe uma comenda diplomática como se tivesse prestado grandes serviços ao país.
Diante desse caos que a Bahia está vivendo, a pergunta é inevitável: foi homenageado por sua incompetência? Premiar Jerônimo Rodrigues é, no mínimo, um tapa na cara do povo baiano, que sofre diariamente com a violência, o desemprego, o colapso da saúde e o fracasso da educação. Uma medalha dessas só mostra como Brasília está desconectada da realidade das ruas da Bahia.
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