Em entrevista à Brado Rádio na manhã desta quarta-feira (4), o ex-deputado estadual Marcelo Nilo (Republicanos) reiterou seu apoio à pré-candidatura de ACM Neto (União Brasil) ao governo da Bahia em 2026, classificando-o como “o maior líder da oposição”. Nilo criticou a gestão do PT, liderada por Jerônimo Rodrigues, e fez duras observações sobre os senadores Jaques Wagner e Otto Alencar, ambos do campo petista, enquanto reforçava sua própria pré-candidatura ao Senado na chapa de Neto, ao lado de João Roma.
Críticas a Jaques Wagner e à “chapa puro sangue”
Nilo questionou o discurso de renovação política defendido por Jaques Wagner (PT), destacando uma contradição no posicionamento do senador. “Jaques Wagner defende a renovação para os outros, mas ele quer ser senador com quase 80 anos”, disparou. Ele acusou o PT de priorizar a reeleição de seus principais nomes Jaques Wagner, Rui Costa e Jerônimo Rodrigues – em uma estratégia que chamou de “chapa puro sangue”. Segundo Nilo, os petistas estariam “cortando a cabeça de Coronel”, referindo-se à exclusão do senador Ângelo Coronel (PSD) da base aliada para consolidar a chapa. “Eles querem garantir Wagner, Rui e Jerônimo, mas isso mostra a falta de abertura para novas lideranças”, afirmou.
Apoio a ACM Neto e pré-candidatura ao Senado
Nilo confirmou sua intenção de disputar o Senado na chapa de ACM Neto, destacando uma aliança com João Roma (PL), ex-ministro de Jair Bolsonaro. Questionado sobre os ganhos de Roma com a parceria, Nilo defendeu a estratégia como a melhor para enfrentar o PT. “Só existe dois lados. ACM Neto é o técnico e vai escolher os dois melhores senadores para a chapa dele”, declarou. Ele revelou ter dito a Neto: “Se você me apoiar, eu ofereço três coisas: lealdade, experiência e coragem”. Mesmo que não seja escolhido, Nilo garantiu que seguirá apoiando a campanha. “Eu acredito no projeto. Estou convencido que tenho uma vaga, mas, se não for, continuarei ajudando”, afirmou, reforçando sua confiança na liderança de Neto.
Otto Alencar: “adesista, mas não traidor”
Sobre rumores de que Otto Alencar (PSD) poderia ser vice de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo, Nilo classificou a possibilidade como “uma piada”, argumentando que Otto não tem força política nacional para tal. “Otto não tem esse peso fora da Bahia”, disse. Apesar disso, elogiou o senador: “Otto é um bom senador, talvez o melhor que a Bahia já teve”. No entanto, Nilo o descreveu como “adesista”, mas não traidor, e acredita que Otto permanecerá fiel a Jerônimo até 2026. “Eu o conheço como a palma da minha mão. Ele não é traidor, mas é adesista”, afirmou. Nilo, porém, aposta que, caso Otto dispute o Senado sem o apoio do PSD, ele próprio tem chances de conquistar a vaga. “Se Otto vier sozinho, sem o PSD, acredito que consigo”, declarou.
Perspectivas para 2026
Uma pesquisa do Instituto Paraná, de março de 2025, aponta Neto com 45% das intenções de voto contra 32% de Jerônimo em um eventual segundo turno. A articulação com Roma e a possível inclusão de Zé Cocá na chapa fortalecem a estratégia oposicionista. Enquanto isso, Jerônimo tenta reagir com alianças, como a recente aproximação com Marcelo Belitardo (União Brasil), prefeito de Teixeira de Freitas, em janeiro de 2025.
As declarações de Nilo na Brado Rádio intensificam a polarização na Bahia, com críticas contundentes ao PT e a aposta em Neto como líder capaz de unificar a oposição. “ACM Neto é o técnico que vai montar o time vencedor. Estou com ele porque acredito na mudança”, concluiu Nilo, sinalizando que sua lealdade, experiência e coragem serão colocadas a serviço do projeto oposicionista para 2026.
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