Um caso em Lauro de Freitas, na Bahia, envolvendo supostas fraudes à cota de gênero nas eleições de 2024, tem gerado debate sobre a aplicação das regras de representatividade feminina na política. A legislação brasileira exige que partidos destinem ao menos 30% de suas candidaturas a mulheres, mas denúncias apontam que o PSB local teria registrado candidaturas femininas fictícias para cumprir a exigência, sem que essas candidatas efetivamente participassem do processo eleitoral.
No centro da controvérsia está a deputada federal Lídice da Mata (PSB), figura conhecida por defender pautas de igualdade de gênero. Segundo informações, Lídice teria atuado para proteger os envolvidos no caso, participando como testemunha no processo, financiando advogados e, conforme relatos não confirmados, buscando influenciar decisões no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA). Essas ações levantaram questionamentos sobre a coerência entre o discurso público da parlamentar e sua conduta no caso.
Críticas também recaem sobre a relação de Lídice com a família Carlucho, que há décadas mantém influência política em Lauro de Freitas. Adversários apontam que essa proximidade reforça um sistema político local marcado por práticas que contrariam os ideais de transparência e renovação defendidos por setores progressistas.
O caso expõe tensões no debate sobre representatividade de gênero na política brasileira. Enquanto defensores da cota argumentam que ela é essencial para ampliar a participação feminina, críticos destacam que a prática de candidaturas laranjas compromete a legitimidade do mecanismo. Até o momento, o TRE-BA não divulgou decisão final sobre o processo, e o PSB local não se pronunciou oficialmente sobre as acusações.
A situação segue em aberto, com desdobramentos que podem impactar a credibilidade de lideranças políticas e a confiança no sistema de cotas de gênero.
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