O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, criticou aliados da direita que, segundo ele, buscam apenas ocupar o espaço político deixado por seu pai, sem considerar suas orientações. Em publicação no X, na segunda-feira (25.ago.2025), Eduardo afirmou: “Na política brasileira, os ‘craques’ querem entrar em campo dando ordens em Bolsonaro”. Ele sugeriu que esses aliados “não querem ouvir o que Bolsonaro tem a dizer, mas sim apenas tomar o lugar dele”.
A declaração ocorre em um momento de movimentações para a eleição presidencial de 2026. No sábado (23.ago), os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Romeu Zema (Novo-MG), todos cotados como possíveis candidatos à Presidência, estiveram juntos na Festa do Peão de Barretos, em São Paulo. Durante o evento, Caiado destacou a força do trio, dizendo: “Aquele que chegar lá vai saber, com a competência que tem, botar ordem no Brasil”. A fala foi interpretada como uma tentativa de afirmar protagonismo no campo conservador, o que gerou a reação de Eduardo.
Jair Bolsonaro, apesar de estar inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devido a acusações de abuso de poder político e desinformação sobre urnas eletrônicas, segue afirmando que será candidato em 2026. Ele também enfrenta prisão domiciliar enquanto aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Eduardo, que está nos Estados Unidos, tem articulado sanções contra autoridades brasileiras, com o objetivo de pressionar o Congresso Nacional por uma anistia que beneficie os investigados pelos atos de 8 de janeiro, incluindo seu pai. Ele já havia criticado anteriormente aliados como Tarcísio de Freitas, Ratinho Jr. (PSD-PR) e Nikolas Ferreira (PL-MG), intensificando tensões no campo da direita. O deputado também comparou a situação política a outros campos, dizendo: “Se eu fosse virar piloto buscaria conselhos com (Nelson) Piquet, se fosse entrar no ramo do cinema desejaria dicas de Mel Gibson, para fabricar carros procuraria ouvir os engenheiros da Ferrari...”.
A crítica de Eduardo reflete um racha crescente entre o núcleo bolsonarista e setores mais moderados da direita, que buscam se posicionar como alternativas para a próxima eleição presidencial. Enquanto isso, nomes como Tarcísio, Caiado e Zema tentam consolidar suas pré-candidaturas, aproveitando o espaço político deixado pela inelegibilidade de Bolsonaro.
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