O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) expressou preocupação com a possível filiação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao Partido Liberal (PL), afirmando que isso poderia levar sua família a deixar a legenda. Em entrevista ao portal Metrópoles, Eduardo sugeriu que a entrada de Tarcísio no PL representa uma tentativa de reduzir a influência política da família Bolsonaro. “De fato é algo que a gente pensa [deixar o PL se Tarcísio se filiar] porque, da maneira que as coisas estão caminhando, existe um direcionamento para apagar a família Bolsonaro do cenário político”, declarou.
Eduardo, que já manifestou interesse em concorrer à Presidência caso seu pai, Jair Bolsonaro, permaneça inelegível, questionou a escolha de Tarcísio como possível candidato do partido. “O Tarcísio pode ser um bom candidato, performa bem nas pesquisas, mas por que tem que ser o Tarcísio? Por que não pode ser o Bolsonaro o candidato?”, perguntou. Apesar das críticas, ele fez questão de elogiar o caráter do governador, destacando que Tarcísio “não está metido em corrupção” e é um “excelente gestor”. No entanto, o deputado afirmou que, se Tarcísio se candidatar e vencer, seria “difícil” para a família Bolsonaro participar de seu governo.
O congressista também criticou a ausência de aliados bolsonaristas na gestão de Tarcísio em São Paulo, apontando que “não tem” secretários ligados ao bolsonarismo no governo estadual, enquanto haveria nomes próximos ao Psol. Além disso, Eduardo enfrenta desafios pessoais, como o risco de perder o mandato devido a faltas, já que está licenciado e atuando nos Estados Unidos. Ele foi indiciado pela Polícia Federal por supostamente articular sanções internacionais contra autoridades brasileiras, incluindo o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Mensagens apreendidas pela PF e divulgadas pelo STF revelaram tensões entre Eduardo e seu pai, Jair Bolsonaro. Em uma delas, o deputado usou tom ríspido, chamando o ex-presidente de “ingrato” e criticando sua postura em relação a Tarcísio. “São conversas pessoais de pai para filho, vazadas pela Polícia Federal. Não vejo motivo para expor esse tipo de coisa. Eu não costumo tratar meu pai daquela forma; normalmente o trato até por ‘senhor’”, explicou Eduardo.
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