O Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), que marcou três décadas de existência, foi recordado pelo ex-governador Paulo Souto nesta segunda-feira (1º). Lançado em 1995, durante seu primeiro mandato (1995-1998), o SAC teve início em Salvador, no Instituto do Cacau, sendo descrito por Souto como um “shopping de serviços públicos”. Ele destacou a eficiência do projeto: “Em apenas oito meses de governo, abrimos a primeira unidade. Um cidadão resolveu em 20 minutos um problema que o perseguia há seis anos, mostrando o que buscávamos: agilidade e respeito ao público.”
Nos primeiros dois meses, o SAC atendeu 158 mil pessoas, chamando a atenção de autoridades. Luís Carlos Bresser Pereira, então ministro da Administração e Reforma do Estado, elogiou a iniciativa como “um marco para o serviço público no Brasil”. O modelo baiano inspirou programas como o Poupatempo, criado em São Paulo em 1997, e o SAC Móvel, que ampliou o acesso aos serviços em diversas regiões da Bahia. Internacionalmente, o sistema ganhou destaque: Kate Jenkins, consultora do governo de Margaret Thatcher, visitou Salvador, e Portugal considerou adotar o modelo em Açores e Madeira. A ONU reconheceu o SAC como referência global, incentivando sua implementação em países da Ásia, África, Europa e América Latina.
Souto destacou a essência do projeto: “Queríamos algo simples, mas transformador: valorizar o tempo das pessoas com dignidade e eficiência. O SAC se tornou referência no Brasil e no mundo, e fico orgulhoso por saber que, após 30 anos, ele segue beneficiando milhões de baianos.” Ele também criticou o atual governo da Bahia, liderado pelo PT há 19 anos, por tentar ofuscar as conquistas de sua gestão. Uma nota recente do governo comparou o SAC de 2006 aos avanços atuais, o que Souto considerou uma tentativa de distorcer a história.
Ele refutou a ideia de que o SAC de 2006 era ultrapassado: “Desde o início, usamos tecnologia de ponta, reconhecida por organismos como a ONU.” Souto também contestou a atribuição do Ponto SAC ao governo atual, afirmando que o formato compacto já estava planejado em sua administração. Sobre os números de atendimentos, ele apontou que, dos 235 milhões de serviços prestados desde a criação do SAC, 92 milhões ocorreram nos primeiros 12 anos (média de 7,66 milhões por ano), contra 143 milhões nos últimos 19 anos (média de 7,52 milhões anuais), evidenciando equilíbrio entre as gestões.
Em tom irônico, Souto criticou a postura do PT: “Eles parecem acreditar que a Bahia só começou a existir em 2007.” Ele finalizou defendendo o legado do SAC: “É um marco de cidadania, e é lamentável que o governo use um serviço tão valioso para atacar adversários. O SAC pertence ao povo baiano.”
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