Em Salvador, um salão de beleza pertencente à esposa de um influente político baiano tornou-se palco de uma descoberta surpreendente. Durante a troca de uma luminária, funcionários encontraram pacotes de dinheiro escondidos no teto, causando constrangimento imediato. Apesar do ocorrido, o político parece não se abalar e já planeja expandir os negócios, com rumores de novas filiais na capital. “Que outro negócio ele conseguiria fazer brotar dinheiro do teto?”, questionam fontes próximas.
Jerônimo escapa de protestos no interior
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) evitou uma recepção hostil ao não comparecer à abertura do Barra Agroshow, realizado na quinta-feira (4) em Barra, Oeste da Bahia. Lideranças políticas e representantes de entidades, muitas ligadas ao próprio PT, organizaram um protesto contra promessas não cumpridas, como a construção de uma policlínica e melhorias em estradas para escoamento da produção agropecuária. A vereadora Socorro (Agir), segunda mais votada em Barra no último pleito, criticou abertamente o governador e anunciou rompimento político: “Não irei mais caminhar com Jerônimo”.
Comportamento ríspido gera desconforto
Jerônimo também tem sido alvo de críticas por seu tratamento a aliados. Durante uma agenda no interior, o ex-prefeito de Santana, Marcão, foi humilhado publicamente com um “esporro” do governador, episódio que viralizou nas redes sociais. Após deixar a prefeitura, Marcão assumiu um cargo na Casa Civil, mas, segundo fontes, perdeu relevância aos olhos de Jerônimo, gerando desconforto entre aliados.
Confronto com a imprensa
Outro momento marcante da semana foi a abordagem hostil de Jerônimo a um jornalista que questionou um relatório técnico sobre a ponte Salvador-Itaparica. O governador classificou o documento como “fake news”, sem saber que o estudo, custeado pelo próprio governo por quase R$ 5 milhões, foi elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). “Diga quem produziu o relatório”, insistiu Jerônimo, em uma cena considerada “deplorável” por observadores políticos. O episódio levantou questionamentos sobre o conhecimento do governador acerca de sua própria gestão: “Quantos outros relatórios milionários, contratos e convênios seguem sem o seu mínimo conhecimento?”, indagam críticos.
Desgaste com aliados e assessoria
A condução de Jerônimo tem gerado insatisfação até entre aliados próximos, que relatam “vergonha alheia” diante de suas ações. Fontes do governo afirmam que o governador resiste a orientações técnicas, preferindo agendas políticas e viagens pelo interior. “A cadeira de governador parece lhe causar alergia”, dizem assessores. A equipe de comunicação, por sua vez, enfrenta críticas por não evitar gafes, reforçando a percepção de que Jerônimo governa “no gogó”, sem embasamento técnico.
Rui Costa e especulações eleitorais
No campo político, aliados do governo já discutem abertamente a possibilidade de o ex-governador e ministro Rui Costa (PT) concorrer a deputado federal. Contudo, Rui tem rechaçado a ideia, afirmando que seu objetivo é uma vaga no Senado. “Descer do pedestal” para disputar uma cadeira na Câmara seria, segundo ele, um retrocesso, conforme relatam fontes próximas.
Tensões na Assembleia Legislativa
A Assembleia Legislativa da Bahia viveu momentos de tensão na última terça-feira. Projetos do Executivo, incluindo mudanças em cargos e remunerações, foram enviados ao plenário sem análise prévia nas comissões, gerando protestos de servidores e sindicatos. A presidente Ivana Bastos (PSD) foi criticada por limitar o acesso às galerias e reforçar a segurança, impedindo a entrada do público. Um sindicalista ironizou: “Estou com saudade da ditadura”. Além disso, Ivana foi advertida por desrespeitar o regimento ao permitir que o deputado Hilton Coelho (PSOL) usasse um tempo reservado a líderes, em um gesto que contrariou as regras da Casa.
Impasse judicial em Paratinga
Em Paratinga, a disputa entre PT e Avante segue indefinida. Um processo sobre possível descumprimento da cota de gênero pelo PT teve três audiências suspensas em Ibotirama, por motivos como excesso de testemunhas, ausência de advogada e problemas de saúde do juiz. O Avante também enfrenta ação semelhante, mas com trâmites mais rápidos, levantando questionamentos sobre a celeridade da Justiça: “Quando essa audiência finalmente vai acontecer?”.
Elmo Vaz enfrenta resistência
O ex-prefeito de Irecê, Elmo Vaz (PSB), encontra dificuldades para viabilizar sua pré-candidatura a deputado federal. Apesar do apoio do atual prefeito, Murilo Franca (PSB), Elmo enfrenta resistência de lideranças regionais e antipatia de prefeitos vizinhos. “Praticamente nenhum prefeito apoia Elmo, com exceção de Murilo”, dizem fontes locais. Após não conseguir eleger o irmão, Joelson Matos (PSD), em Canarana, Elmo planeja migrar para o Avante, acreditando que o novo partido pode facilitar seu caminho a Brasília.
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