O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) foi removido à força por policiais legislativos do plenário da Câmara nesta segunda-feira (9) após ocupar a cadeira reservada ao ex-deputado Chico Rodrigues (PSB-RR), conhecido como “senador do dinheiro na cueca”, em protesto contra a possível cassação de seu mandato.
A representação contra Glauber, protocolada pelo PL, será analisada pelo plenário da Câmara nesta quarta-feira (11). O parlamentar é acusado de quebra de decoro por ter chamado o ex-presidente da Casa Arthur Lira (PP-AL) de “líder do crime organizado” e “chefe de quadrilha” durante discurso em outubro de 2024.
Antes de ser retirado, Glauber ocupou primeiro a cadeira que era de Eduardo Cunha e depois a de Daniel Silveira, ambos cassados, e finalmente a de Chico Rodrigues. Ao se sentar na cadeira de Rodrigues, declarou: “Estou sentado na cadeira do senador da rachadinha na cueca”.
Policiais legislativos foram chamados e retiraram o deputado à força enquanto ele gritava: “Cassem o meu mandato, cassem! Cassem o meu mandato na quarta-feira! Vocês têm coragem de cassar o meu mandato? Cassem!”.
O presidente em exercício, Marcos Pereira (Republicanos-SP), determinou a retirada alegando que Glauber estava “perturbando a ordem”.
O Conselho de Ética aprovou o parecer pela cassação de Glauber em novembro por 13 votos a 5. Agora cabe ao plenário da Câmara a decisão final, que exige maioria absoluta (257 votos) para confirmar a perda do mandato.
Glauber Braga afirmou que seu protesto foi uma forma de denunciar o que considera “dois pesos e duas medidas” na Casa, citando casos de deputados que teriam cometido irregularidades graves sem sofrer punição semelhante.
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