O plenário da Câmara dos Deputados rejeitou nesta terça-feira (10) a cassação do mandato do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) por quebra de decoro parlamentar. Por 277 votos a 181, os parlamentares aprovaram a pena alternativa de suspensão do cargo por seis meses, sem perda do salário. O caso envolveu uma troca de agressões físicas entre o parlamentar e o coordenador nacional do Movimento Brasil Livre (MBL), Rubens Alberto Gatti Nunes, conhecido como Kim Kataguiri, no corredor da Câmara em outubro de 2023.Logo após a votação, Glauber Braga classificou o resultado como “vitória coletiva”. Em publicação nas redes sociais, ele escreveu:
“Vitória coletiva! Não conseguiram cassar o mandato de quem enfrenta os poderosos e defende os direitos do povo. Seguirei firme na luta, dentro ou fora do plenário.”
O parecer original do Conselho de Ética, relatado pelo deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), pedia a cassação do mandato. No entanto, o substitutivo apresentado pelo deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) – que reduziu a punição para suspensão temporária acabou prevalecendo no plenário.
Durante o debate, Braga voltou a justificar o episódio:
“Eu reagi a uma provocação covarde que já durava anos. Não me arrependo de ter defendido minha integridade física contra quem me agrediu primeiro.”
Aliados do deputado destacaram que a rejeição da cassação representa uma derrota para setores da direita que tentavam usar o caso para silenciar vozes críticas ao bolsonarismo. Já parlamentares do PL e do Novo lamentaram o que chamaram de “impunidade” e prometeram apresentar recurso ao Conselho de Ética contra a decisão do plenário.
Com a suspensão aprovada, Glauber Braga ficará seis meses sem exercer o mandato, período em que será substituído pelo suplente da coligação PSOL-Rede no Rio de Janeiro.
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