STF rejeita solicitação da PGR e preserva confronto de depoimentos no inquérito do Banco Master

Audiência por videoconferência ocorre na terça-feira, 30 de dezembro
Por: Brado Jornal 26.dez.2025 às 09h44
STF rejeita solicitação da PGR e preserva confronto de depoimentos no inquérito do Banco Master
(Antonio Augusto/STF/Divulgação)
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu rejeitar o pedido apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para suspender a acareação envolvendo figuras centrais da investigação sobre supostas irregularidades no Banco Master. Com isso, o confronto de versões permanece agendado para a próxima terça-feira, 30 de dezembro, e será realizado por videoconferência.

Na véspera de Natal, 24 de dezembro, Toffoli havia determinado a audiência envolvendo o controlador do Banco Master, Daniel Vorcaro; o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa; e o diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino Santos.

A diligência integra o inquérito que apura possíveis fraudes financeiras com emissão de títulos de crédito falsos, estimadas em até R$ 17 bilhões. A PGR argumentou que o procedimento seria prematuro, uma vez que os envolvidos ainda não haviam prestado depoimentos individuais e que poderia interferir no andamento inicial das apurações, além de expor provas em sigilo.

O caso tramita em segredo de justiça no STF, sob relatoria de Toffoli, após o ministro atender solicitação da defesa de Vorcaro para transferir o processo da Justiça Federal em Brasília para a Suprema Corte, motivado pela menção a um deputado federal com foro privilegiado.

A investigação tem origem na Operação Compliance Zero, conduzida pela Polícia Federal desde 2024 e deflagrada em 18 de novembro de 2025. Na operação, Vorcaro foi detido no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, logo após anúncio de que a Fictor Holding Financeira adquiriria o Banco Master, que já havia sido submetido a liquidação extrajudicial.

Outros sócios de Vorcaro

Augusto Ferreira Lima, Luiz Antonio Bull, Alberto Feliz de Oliveira e Angelo Antonio Ribeiro da Silva também foram alvos de prisão, mas obtiveram autorização judicial para responder em liberdade, com uso de tornozeleira eletrônica. Eles estão impedidos de atuar no setor financeiro, de manter contato com demais investigados e de deixar o país.


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