Ataques com mísseis realizados pelo Irã na madrugada desta segunda-feira (16.jun.2025) causaram graves danos à rede elétrica central de Israel e resultaram na morte de 8 pessoas, conforme informado pelo serviço de emergência Magen David Adom (MDA) à CNN Internacional. A ofensiva, que atingiu áreas residenciais e instalações energéticas nas regiões central e costeira do país, intensificou o conflito entre os dois países, iniciado na sexta-feira (13.jun).
Vítimas e resposta emergencial
O MDA relatou que atendeu quatro chamados de emergência, encaminhando dezenas de feridos para hospitais. As vítimas fatais incluem quatro pessoas em Petah Tikva, uma em Bnei Brak e três em Haifa, no norte de Israel. A Israel Electric Corporation informou que suas equipes estão mobilizadas para conter riscos, especialmente de eletrocussão causada por cabos de energia danificados. Sirenes de alerta soaram em cidades como Tel Aviv, Bat Yam e Jerusalém, com defesas aéreas ativadas e explosões registradas ao longo da manhã.
Escalada do conflito
O confronto, que já deixou 22 mortos em Israel desde sexta-feira (13.jun), teve início com uma ofensiva israelense contra o Irã, motivada por alegações de que o país avança na produção de armas nucleares, vistas como uma ameaça à segurança nacional. Em resposta, a Guarda Revolucionária Iraniana afirmou que seus ataques miraram instalações militares de Israel usadas em bombardeios contra seu território. No Irã, o Ministério da Saúde reportou, no domingo (15.jun), 224 mortes e 1.277 internações, majoritariamente de civis, números que não podem ser verificados independentemente devido ao contexto de guerra.
Declarações de líderes
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (Likud), declarou em vídeo na sexta-feira (13.jun) que a operação visa neutralizar a ameaça iraniana e afirmou que o Irã “está mais vulnerável do que nunca”. Ele prometeu que a campanha militar continuará “pelo tempo necessário” e pediu que a população se prepare para tempos desafiadores. O plano de ataque, segundo Netanyahu, foi elaborado em 2024, após a morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, aliado iraniano no Líbano, e estava previsto inicialmente para abril.
Já o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, condenou as ações de Israel como um “grande crime” e garantiu que o país não permitirá que Israel escape impune. Ambos os lados orientaram os cidadãos do país adversário a evacuarem áreas próximas a instalações militares para evitar baixas.
Risco de escalada regional
A troca de ataques eleva temores de um conflito mais amplo, com possível envolvimento de potências como os Estados Unidos. A mídia iraniana informou que “centenas” de mísseis foram lançados contra infraestruturas e áreas residenciais em Israel, enquanto o governo israelense reforça suas defesas. O confronto marca a maior tensão entre Irã e Israel em décadas, com impactos humanitários e geopolíticos ainda incertos.
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