O Irã anunciou, nesta quinta-feira (19), a prisão de 24 indivíduos acusados de atuar como espiões a serviço do Mossad, a agência de inteligência de Israel. As autoridades afirmam que os detidos participavam de ações para desestabilizar a República Islâmica, promovendo desconfiança e prejudicando a imagem do regime.
Após os ataques de Israel, iniciados em 13 de junho, que atingiram alvos nucleares e militares no território iraniano, o governo reforçou medidas de segurança e ampliou a repressão a supostos colaboradores do “regime sionista”. Em Isfahan, onde Israel diz ter bombardeado um complexo nuclear, cerca de 60 pessoas foram presas por supostamente comprometer a “segurança psicológica” do país, segundo o Ministério da Inteligência. Em outras províncias, centenas foram interrogadas por compartilhar conteúdos considerados pró-Israel.
Para aumentar o controle, o regime lançou uma campanha pedindo que cidadãos denunciem atividades suspeitas. Panfletos e cartazes em Teerã e outras cidades alertam para sinais como uso de máscaras, óculos escuros à noite, chapéus incomuns, entregas frequentes ou ruídos estranhos, como batidas metálicas ou gritos. O chefe da polícia, Ahmad-Reza Radan, divulgou um vídeo convocando supostos traidores a se entregarem, prometendo leniência. Já o judiciário exigiu punições “rápidas” para quem colaborar com Israel.
A paranoia com o Mossad cresceu após Israel revelar que seus agentes contrabandearam armas para o Irã antes dos recentes ataques. Segundo fontes israelenses, o Mossad criou uma base secreta no país, de onde lançou drones explosivos contra lançadores de mísseis próximos a Teerã.
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