Na segunda-feira, 18 de agosto de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, do Partido Republicano, reuniu-se com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, do partido Servo do Povo, na Casa Branca. Durante o encontro, Trump revelou que a Rússia demonstrou interesse em participar de uma reunião trilateral com os EUA e a Ucrânia para negociar um cessar-fogo no conflito em curso. Ele destacou a intenção de colaborar com ambos os países para pôr fim à guerra, enfatizando que seus principais objetivos são “garantir a paz” e “manter o Exército ucraniano forte” mesmo após um eventual acordo.
Trump atribuiu a responsabilidade pelo conflito ao ex-presidente Joe Biden, do Partido Democrata, afirmando: “Esta não é uma guerra minha, é uma guerra de Joe Biden”. Ele também criticou a administração anterior, dizendo: “Havia uma administração corrupta que não deveria estar no poder, por isso eu digo que se eu fosse presidente [na época] essa guerra não teria nem acontecido”. Segundo o presidente norte-americano, os EUA já lucraram bilhões com a venda de armamentos, mas ele afirmou que seu governo “não quer mais lucrar com essa guerra”.
Zelensky, que lidera a Ucrânia desde maio de 2019, expressou apoio à proposta de Trump e condicionou a realização de eleições no país a um cessar-fogo, declarando: “Precisamos de uma trégua […] para possibilitar que as pessoas realizem eleições democráticas, abertas e legais”. Questionado sobre os termos de um possível acordo, ele destacou a necessidade de “tudo”, incluindo missões de treinamento conjunto e compartilhamento de inteligência.
Sobre o envolvimento da Otan, Trump afirmou que a organização terá um papel significativo na proteção da Ucrânia, mesmo sem a entrada formal do país no bloco: “Haverá muita ajuda em termos de segurança. Muita ajuda. Vai ser bom. Eles [Ucrânia] são a primeira linha de defesa [contra o avanço da Rússia] porque estão lá. Eles são a Europa. Mas nós também vamos ajudá-los. Estaremos envolvidos”.
O encontro ocorreu três dias após Trump se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca, em 15 de agosto, sem que um acordo de cessar-fogo fosse alcançado. Na tarde de 18 de agosto, Trump e Zelensky também participariam de uma reunião com sete líderes europeus: Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia; Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido; Friedrich Merz, primeiro-ministro da Alemanha; Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália; Emmanuel Macron, presidente da França; Alexander Stubb, presidente da Finlândia; e Mark Rutte, secretário-geral da Otan.
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