Líderes globais se reúnem em Pequim para desfile do Dia da Vitória

80 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, China exibe força militar com presença de Putin, Kim Jong-un e outros chefes de Estado
Por: Brado Jornal 28.ago.2025 às 07h38
Líderes globais se reúnem em Pequim para desfile do Dia da Vitória
Direitos de autor Kristina Kormilitsyna, Sputnik, Kremlin Pool Photo via AP

Vinte e seis líderes mundiais, incluindo o presidente russo Vladimir Putin e o líder norte-coreano Kim Jong-un, estarão em Pequim no dia 3 de setembro para um grande desfile militar que marca o 80º aniversário da vitória na Segunda Guerra Mundial, especificamente a rendição do Japão em 1945. O evento, que ocorrerá na Praça Tiananmen, será liderado pelo presidente chinês Xi Jinping e contará com uma demonstração significativa do poderio militar da China, incluindo caças, mísseis hipersônicos e sistemas de defesa antimísseis, segundo informações do Ministério das Relações Exteriores da China.

A parada, chamada de “Dia da Vitória” pela China, celebra o que Pequim descreve como a “Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e a Guerra Antifascista Mundial”. “A China realizará um grande desfile militar em 3 de setembro para comemorar o 80º aniversário da vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e na Guerra Antifascista Mundial”, afirmou o vice-ministro das Relações Exteriores da China, Hong Lei, em entrevista coletiva. Além de Putin e Kim, estarão presentes líderes como o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, o presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, e o presidente da Belarus, Aleksandr Lukashenko. O único representante de um país da União Europeia será o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico.

A presença de líderes estrangeiros no desfile gerou tensões diplomáticas com o Japão, que expressou descontentamento por considerar o evento carregado de “tons antijaponeses”. Tóquio chegou a pedir, por meio de suas embaixadas, que líderes mundiais evitassem participar, o que levou a China a registrar um protesto formal contra o Japão. “Se o Japão realmente deseja virar a página sobre questões históricas, deve enfrentar sua história de agressão com sinceridade, romper completamente com o militarismo, seguir o caminho do desenvolvimento pacífico e respeitar os sentimentos da China e de outros países vítimas”, declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Guo Jiakun.

O desfile acontece logo após a cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), marcada para 31 de agosto e 1º de setembro em Tianjin, cidade próxima a Pequim. A cúpula contará com a presença de líderes como o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, que ainda não confirmou sua participação no desfile. Representantes de mais de 10 organizações internacionais, incluindo o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, também estarão na SCO, o que aumenta a relevância global do evento. A participação de líderes na parada militar é vista como uma oportunidade para a China reforçar sua influência geopolítica e exibir solidariedade com aliados como Rússia e Coreia do Norte, especialmente em meio a pressões ocidentais.

O Itamaraty, questionado sobre a possível presença de representantes brasileiros, não confirmou participação no evento. A Coreia do Sul será representada pelo presidente da Assembleia Nacional, Woo Won-shik, enquanto outros países do sul global, como Paquistão, Nepal e Maldivas, também enviarão líderes para a cúpula da SCO e, possivelmente, para o desfile.




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