Cuba vivenciou na quarta-feira (10 de setembro de 2025) o quinto apagão generalizado em sua rede elétrica em menos de um ano, afetando cerca de 10 milhões de pessoas, conforme relatado pela agência Associated Press. O incidente começou por volta das 9h14 no horário local (8h14 em Brasília), desencadeado por uma aparente falha de comunicação relacionada a um superaquecimento, que levou à desconexão de uma das principais usinas termoelétricas da nação, sem que o nome exato da instalação tenha sido revelado.
As autoridades cubanas responderam com rapidez, conforme o vice-ministro Argelio Abad, que destacou o esforço para criar um microssistema emergencial destinado a garantir suprimento de eletricidade a unidades hospitalares, indústrias alimentícias e outros serviços vitais. Em paralelo, o primeiro-ministro Manuel Marrero visitou a companhia estatal de energia e apelou à paciência da população, assegurando: "prometendo que a energia seria restaurada gradualmente".
Essa interrupção soma-se a uma sequência de problemas no setor energético cubano, onde usinas termoelétricas antigas muitas com mais de três décadas de uso sofrem com manutenção deficiente e falta de recursos para aquisições. Desde outubro de 2024, o sistema tem enfrentado instabilidades, com destaque para a paralisação da usina Antonio Guiteras, a maior do país, que provocou dias inteiros de escuridão generalizada.
A situação já era delicada para os moradores, que lidam rotineiramente com cortes de energia de até 16 horas por dia. No começo da semana, uma falha similar impactou a porção oriental da ilha, de Las Tunas até Guantánamo, deixando comunidades inteiras sem luz. Em fevereiro, a escassez foi tão grave que o governo optou por suspender aulas e operações laborais por dois dias consecutivos.
Fatores externos contribuem para o agravamento da crise, como restrições impostas por sanções dos Estados Unidos, que limitam o acesso cubano a divisas estrangeiras necessárias para importação de combustíveis e peças de reposição. Ademais, as remessas de petróleo procedentes da Venezuela, Rússia e México registraram quedas expressivas, minando ainda mais a capacidade de geração do país.
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