O presidente americano Donald Trump proferiu um discurso no Knesset, o parlamento de Israel, nesta segunda-feira (13), onde celebrou o que chamou de "um triunfo incrível para Israel e para o mundo" ao exaltar a recente libertação de reféns mantidos pelo Hamas em Gaza. Antes do evento, o grupo confirmou a entrega de 20 israelenses vivos, capturados durante os ataques de 7 de outubro de 2023, que deram início à guerra e resultaram na morte de cerca de 1,2 mil pessoas.
Trump chegou a Jerusalém nas primeiras horas do dia, sob fortes medidas de segurança, após mediar um acordo de paz baseado em um plano de 20 pontos. Esse pacto, que inclui o desarmamento do Hamas e a desmilitarização de Gaza, prevê a libertação gradual de prisioneiros palestinos por Israel totalizando 250 condenados à prisão perpétua e mais 1.700 detidos em Gaza desde o conflito, além da devolução de corpos de palestinos em troca dos restos mortais de reféns israelenses. "Eles entendem que atacar Israel em 7 de outubro foi um erro catastrófico", afirmou o republicano durante a fala, referindo-se aos líderes do Hamas.
No início do pronunciamento, Trump foi ovacionado e agradeceu publicamente o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu "Muito obrigado, Bibi, ótimo trabalho" e líderes de nações árabes e muçulmanas que pressionaram pelo acordo. Ele enfatizou que o momento representa uma virada histórica para a região: "Este não é apenas o fim de uma guerra, este é o fim de uma era de terror e morte e o começo de uma era de fé e esperança, e de Deus". O presidente acrescentou que o Oriente Médio entrará em uma fase de "paz verdadeira" e que Gaza será "completamente desmilitarizada", com o Hamas se comprometendo a depor as armas. Trump insistiu ainda que o ataque de 7 de outubro "não deve ser esquecido".
O discurso foi interrompido por um congressista de esquerda israelense, que foi retirado do local pela segurança. Após a fala, Trump e Netanyahu se reuniram com familiares dos reféns libertados e ex-prisioneiros do Hamas, em um encontro marcado por relatos emocionados. Os 20 sobreviventes, incluindo mulheres e crianças, passaram por exames médicos em bases militares israelenses antes de se reencontrarem com parentes. O primeiro grupo de sete chegou por volta das 2h, e os restantes foram entregues à Cruz Vermelha Internacional pouco antes do prazo final do cessar-fogo, às 6h (horário de Brasília).
Apesar da celebração, o acordo deixa pendências: o Hamas ainda deve entregar os corpos de 28 reféns israelenses mortos em cativeiro, processo que começou nesta segunda. Netanyahu, por sua vez, orientou sua equipe a finalizar detalhes no Egito e reafirmou que o desarmamento do grupo ocorrerá "seja pelo caminho fácil ou pelo difícil". Milhares de israelenses se reuniram no fim de semana em Tel Aviv, na Praça dos Reféns, para marcar os 735 dias desde os atentados, com camisetas exibindo fotos dos sequestrados. O evento reforça o otimismo de Trump quanto a um "Oriente Médio verdadeiramente magnífico" em breve.
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