Maduro pode ser o próximo Noriega: a história pode se repetir na América Latina

A história da América Latina mostra que ditaduras e regimes autoritários, por mais que pareçam sólidas, acabam ruindo sob o peso da própria corrupção e isolamento. Foi assim com Manuel Noriega, o homem forte do Panamá que desafiou os Estados Unidos e acabou deposto e preso em 1989. Agora, muitos analistas começam a ver Nicolás Maduro trilhando o mesmo caminho.

Assim como Noriega, Maduro se sustenta pelo controle das forças armadas, pela repressão à oposição e pelo narcotráfico que alimenta seu regime. Ambos transformaram seus países em refúgios para aliados ideológicos e criminosos, apostando na retórica antiamericana para justificar abusos internos e enriquecer uma elite leal.

Mas o cenário internacional mudou. Com Donald Trump novamente ativo no debate político americano e setores conservadores dos EUA pressionando por uma política externa mais firme, cresce a possibilidade de que a paciência de Washington com Maduro chegue ao fim. Trump, durante seu governo, foi um dos poucos líderes ocidentais que enfrentou abertamente o regime venezuelano, aplicando sanções duras e reconhecendo Juan Guaidó como presidente legítimo.

Hoje, com a Venezuela mergulhada em crise humanitária, milhões de refugiados espalhados pela América Latina e o país servindo como base para interesses russos, chineses e iranianos, o cenário geopolítico lembra o do Panamá dos anos 1980 — um governo autoritário isolado, sustentado pelo tráfico e pela força, enquanto o povo paga o preço.

A diferença é que, se o “caso Noriega” se repetir, Maduro poderá enfrentar um desfecho ainda mais severo. A comunidade internacional está cansada das violações de direitos humanos, e os ventos políticos em Washington podem mudar rapidamente se o campo conservador retomar influência.

A história ensina: regimes baseados no medo e na mentira sempre caem. E, para muitos, Maduro já é o novo Noriega — só falta o momento certo para cair.