Cleydson Cardoso Costa Filho, motorista suspeito de atropelar o corredor Emerson Pinheiro, de 29 anos, teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva após audiência de custódia realizada no domingo, 17 de agosto de 2025, conforme decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). O acidente, ocorrido no sábado (16), durante um treino coletivo na orla da Pituba, em Salvador, resultou na amputação de uma das pernas de Emerson, que permanece internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral do Estado (HGE).
O juiz Marcus Vinicius da Costa Paiva, do TJ-BA, justificou a manutenção da prisão preventiva pela “garantia da ordem pública”, destacando que Cleydson dirigia em alta velocidade, conforme relatos de testemunhas, demonstrando “descaso com a vida e segurança dos transeuntes”. A decisão também considerou provas como o Boletim de Ocorrência, depoimentos, imagens do local e o relatório médico do HGE, que constatou “fratura exposta extensa em membro inferior direito, além de fraturas fechadas de fêmur e platô tibial” na vítima. O documento aponta ainda que o suspeito possui três infrações anteriores por excesso de velocidade, registradas pela Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador).
O atropelamento aconteceu próximo à Igreja Nossa Senhora da Luz, quando Emerson foi atingido por um carro que, após o impacto, colidiu com um poste e derrubou uma barraca. A gravidade da fratura exposta chocou testemunhas e colegas de treino, que acompanharam o socorro imediato do atleta ao HGE, onde passou por uma cirurgia de amputação suprapatelar.
No domingo (17), corredores da Muchacho’s Run, em Ondina, e outro grupo no Farol da Barra realizaram homenagens a Emerson, com atos pedindo justiça. A comunidade de corredores também lançou campanhas de apoio ao atleta, que é estudante e corredor amador.
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