Uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest, revelada na segunda-feira (3 de novembro de 2025), mostra que 72% dos cariocas apoiam a classificação de facções criminosas como organizações “terroristas”. O estudo, conduzido logo após a ação policial nos Complexos da Penha e do Alemão, que resultou em 121 mortes em 28 de outubro de 2025, ouviu 1.500 residentes do estado do Rio de Janeiro com 16 anos ou mais, nos dias 30 e 31 de outubro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, com confiança de 95%. Os que não opinaram ou não souberam responder representam 5%.
De acordo com os dados, 85% dos participantes defendem o endurecimento das punições para quem comete homicídios sob ordens de grupos criminosos. Além disso, 82% dos respondentes consideram que chefes de facções influenciam a eleição de deputados, o que os protege de prisões efetivas. Outros 80% apontam que o verdadeiro poder dessas organizações reside em áreas nobres, e não apenas nas comunidades carentes. Já o apoio a facilitar o acesso a armas de fogo aparece em apenas 24% das respostas.
A divisão por orientação política revela diferenças acentuadas: entre os de direita não bolsonaristas, 95% favorecem o enquadramento como “terroristas”; bolsonaristas chegam a 91%; independentes, 74%; enquanto lulistas somam 49% e a esquerda não lulista, 36%.
O levantamento ganha relevância no rastro da operação Contenção, que expôs a violência no coração das favelas da Zona Norte. Na imagem de drone, capturada em 29 de outubro de 2025, corpos de vítimas são transportados para uma praça no Complexo da Penha.
Essa onda de apoio reflete o clamor por ações mais enérgicas contra o crime organizado, em meio a um cenário de perdas humanas e debates sobre segurança pública no estado.
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