A megaoperação policial batizada de Contenção, lançada nesta terça-feira (28) nas comunidades dos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, resultou na morte de Júlio Souza Silva, natural de Salvador, identificado pelas autoridades como membro ativo do Comando Vermelho (CV) atuante no bairro Nordeste de Amaralina. A ação, que envolve mais de 2.500 agentes de diversas forças de segurança, visa cumprir cerca de 100 mandados de prisão contra traficantes da facção, com foco em impedir sua expansão territorial.
De acordo com investigações da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que duraram mais de um ano, Júlio já havia sido detido no Complexo Penitenciário da Mata Escura, na capital baiana, por envolvimento em tráfico de entorpecentes, após o cumprimento de ordem judicial. Após ser liberado para regime semiaberto, ele teria retomado as atividades ilícitas, fortalecendo a presença do CV na região metropolitana de Salvador. Fontes policiais fluminenses confirmam que o suspeito, ao ser localizado durante a incursão, reagiu com disparos, levando a um confronto armado que terminou com sua morte.
Durante a abordagem, os agentes apreenderam com Júlio um fuzil de calibre 5.56, customizado com a bandeira do estado da Bahia, além de nove motocicletas usadas pelos criminosos para fugas e logística do tráfico. A operação, apoiada por promotores do Ministério Público Estadual, contou com recursos avançados, como drones para monitoramento aéreo, dois helicópteros, 32 blindados e 12 veículos de demolição do Núcleo de Apoio às Operações Especiais da Polícia Militar (PM). As equipes foram recebidas com intensa resistência: barricadas incendiadas bloquearam acessos, e tiroteios isolados ocorreram em pelo menos cinco comunidades ao longo do dia.
Além de Júlio, oriundo da Bahia, outros dois suspeitos um também baiano e outro do Espírito Santo foram mortos em trocas de tiros separados durante a ação, que abrange 26 comunidades nos dois complexos. A operação integra uma estratégia mais ampla do Governo do Estado do Rio para conter o avanço do CV, que tem disputado territórios com rivais como o Terceiro Comando Puro. Até o momento, ao menos cinco prisões foram registradas, e as buscas prosseguem para localizar foragidos, incluindo líderes de alto escalão da facção. A PM do Rio enfatiza que todas as mortes em confronto estão sob investigação da Polícia Civil, com procedimentos administrativos internos em andamento para apurar as circunstâncias.
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