Trump anuncia bloqueio completo a petroleiros sancionados da Venezuela

EUA intensificam pressão militar no Caribe e classificam regime de Maduro como organização terrorista
Por: Brado Jornal 17.dez.2025 às 09h35
Trump anuncia bloqueio completo a petroleiros sancionados da Venezuela
Getty Images
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (16/12) a imposição de um "bloqueio total e completo" a todos os petroleiros sancionados que entrem ou saiam da Venezuela.

Em postagem na rede Truth Social, Trump declarou que o regime de Nicolás Maduro foi designado como uma organização terrorista estrangeira, acusando-o de roubo de ativos americanos, além de envolvimento em "terrorismo, tráfico de drogas e tráfico de pessoas".

"Portanto, hoje, estou ordenando um bloqueio total e completo de todos os petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela", escreveu o líder americano.

Ele afirmou ainda que a Venezuela está "completamente cercada pela maior Armada já reunida na história da América do Sul", destacando que a presença militar "só vai aumentar" e será "algo nunca visto antes".

Até o momento, o governo venezuelano não comentou as declarações mais recentes de Trump.

A medida ocorre uma semana após a apreensão, pelas forças americanas, de um petroleiro sancionado na costa venezuelana, o Skipper, acusado de transportar petróleo ilegal da Venezuela e do Irã. A embarcação foi levada para um porto nos EUA.

Após o anúncio, o preço do petróleo bruto americano registrou alta de cerca de 1,3%, negociado em torno de US$ 56 o barril na noite de terça-feira.

Nos últimos meses, os EUA deslocaram milhares de soldados, porta-aviões como o USS Gerald Ford, destróieres e navios de assalto anfíbio para o Mar do Caribe, ampliando significativamente a presença militar na região a maior desde décadas.

Desde setembro, operações americanas resultaram na morte de pelo menos 90 pessoas em ataques a embarcações suspeitas de transportar fentanil e outras drogas.

Em julho, Trump autorizou ações contra cartéis latino-americanos classificados como "terroristas", incluindo o Tren de Aragua e o Cartel de los Soles, este último alegadamente liderado por Maduro.

Essas designações facilitaram deportações de venezuelanos acusados de ligação com esses grupos, embora algumas tenham sido suspensas judicialmente.

Sem provas apresentadas, Trump também alegou que Maduro "esvaziou prisões e hospitais psiquiátricos" para forçar migração aos EUA.

Em agosto, a recompensa por informações sobre Maduro subiu para US$ 50 milhões. Em outubro, o presidente americano confirmou operações secretas da CIA na Venezuela.

Relatos indicam conversas telefônicas recentes entre Trump e Maduro, com ultimato para que o líder venezuelano deixe o poder. No fim de novembro, os EUA fecharam o espaço aéreo venezuelano e recomendaram que cidadãos americanos saiam do país.

A Venezuela, detentora de vastas reservas de petróleo, acusa os EUA de pirataria e tentativa de apropriação de seus recursos. Maduro classificou a apreensão do Skipper como roubo, enquanto o chanceler Yvan Gil a chamou de "pirataria internacional".

Na semana anterior ao bloqueio, Washington impôs sanções a mais seis navios e a parentes de Maduro.O deputado democrata Joaquin Castro qualificou o bloqueio como "inquestionavelmente um ato de guerra" e anunciou votação de resolução no Congresso para encerrar hostilidades.


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