O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) agendou para a próxima segunda-feira, 26 de maio, uma audiência para ouvir o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, e outros nove suspeitos em um caso de suposta manipulação de resultados em apostas esportivas. A investigação, conduzida pela Polícia Federal, aponta a participação do jogador de 34 anos devido a um cartão amarelo recebido em 2023, durante partida contra o Santos, válida pela Série A do Campeonato Brasileiro.
A apuração teve início em agosto de 2024, após três casas de apostas (KTO, Betano e Bet da Galera) identificarem movimentações atípicas em contas criadas pouco antes do jogo. No dia 5 de novembro de 2024, a operação Spot-Fixing cumpriu 12 mandados de busca e apreensão em cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vespasiano, Lagoa Santa e Ribeirão das Neves. Durante as investigações, a Polícia Federal analisou 3.989 conversas no WhatsApp de Bruno Henrique, encontrando mensagens suspeitas no celular de seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, que foi apreendido.
Bruno Henrique, indiciado criminalmente em 14 de abril, pode responder por infração ao artigo 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de manipulação de resultados com prejuízo à equipe. A punição prevista inclui multa ou suspensão de até um ano. O auditor Maxwell Borges de Moura Vieira foi designado para conduzir o processo no STJD.
O Flamengo, em comunicado emitido no dia seguinte ao indiciamento, informou não ter sido notificado oficialmente sobre o caso e optou por não afastar o jogador durante as investigações. Após conquistar a Copa do Brasil, em 10 de novembro de 2024, Bruno Henrique falou ao SporTV, afirmando sua inocência: “Acredito na justiça divina. Deus sempre esteve comigo, e estou tranquilo. Minha trajetória no futebol fala por mim.”
Entenda o caso
A Polícia Federal indiciou Bruno Henrique e outras dez pessoas por suspeita de fraude em competição esportiva. As investigações apontam que o cartão amarelo recebido pelo jogador na partida contra o Santos levantou suspeitas de manipulação. A operação, batizada de Spot-Fixing, investiga a possibilidade de interferência em momentos específicos de jogos para beneficiar apostas. O clube carioca mantém o atleta no elenco enquanto o caso segue em andamento.
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